Silas Malafaia fez sociedade de 30 milhões com Sheik da pirâmide financeira que foi preso em 2022

Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik do Bitcoin, investiu R$ 30 milhões para revitalizar a Central Gospel do pastor Silas Malafaia.

8/27/20252 min read

O brasileiro conhecido o rei das pirâmides. Condenado a 56 anos de prisão por fraudes bilionárias, o empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik do Bitcoin, aplicou aproximadamente R$ 30 milhões em uma parceria com o pastor Silas Malafaia, chefe da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo. O investimento foi divulgado em um testemunho inédito de Davi Zocal, testemunha fundamental no caso criminal que resultou na condenação de Francisley em outubro de 2024.

De acordo com o depoimento de Zocal à Polícia Federal, em agosto de 2022, a intenção do investimento era fornecer apoio financeiro à Central Gospel, editora de propriedade de Malafaia, que havia solicitado recuperação judicial em 2019 devido a uma dívida de quase R$ 16 milhões. A fim de viabilizar a operação do negócio, foi fundada a empresa Alvox Gospel Livros Marketing Direto em maio de 2021. A sociedade foi dissolvida em julho de 2022, três meses antes de o Sheik do Bitcoin ser alvo da PF.

No  depoimento 

Na oitiva, Davi Zocal explicou que Francisley tentava se conectar com pessoas influentes e teria proposto a Malafaia auxílio para saldar as dívidas da editora. "Ele investiu muito... foram R$ 30 milhões para fundar a empresa." No entanto, eles concordaram em abrir uma empresa com um nome diferente para não comprometer a editora”, disse o empresário do setor gospel.

Francisley Valdevino liderava a Rental Coins e mais de 100 outras empresas, que geraram R$ 4 bilhões no período de 2018 a 2022. A Polícia Federal indica que ele prejudicou aproximadamente 15 mil investidores em um esquema de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas. Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa, estaria entre as vítimas.

Malafaia confirmou sociedade

Em entrevista à coluna de Tácio Lorran no Metrópoles, Silas Malafaia confirmou que recebeu investimentos do empresário, porém afirmou que a parceria durou aproximadamente um ano e foi encerrada antes das acusações contra Francisley. "Quando ele foi meu sócio, não existia nenhuma denúncia no Ministério Público ou na Polícia Federal. "Ele era o administrador da empresa, eu deixei meu cargo em março de 2022, e em junho começaram as notícias de que estava sendo investigado", declarou o pastor.

Malafaia também afirmou que a intenção de Francisley ao participar era adquirir produtos da editora em recuperação. "Ele me ajudou financeiramente no momento mais difícil." “O que eu tenho a ver com os delitos de criptomoedas dele?”, questionou.

Além disso, o pastor negou ter promovido o Sheik do Bitcoin aos membros de sua igreja e defendeu sua inocência: "Por que querem me acusar de quê? Vão prender os cem caras que tinham negócios com ele?”

Fonte da matéria . Forum