Macron estará presente na Casa Branca para uma reunião com Trump e Zelensky

O comunicado da presidência francesa afirma que o trabalho conjunto entre os EUA e europeus visa alcançar uma paz justa e duradoura, que garanta os interesses vitais da Ucrânia e a segurança da Europa.

8/18/20252 min read

O presidente francês, Emmanuel Macron, viajará a Washington com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e outros líderes europeus na segunda-feira (18), segundo um comunicado do gabinete presidencial no domingo.
O comunicado afirmou que os líderes continuarão com o “trabalho de coordenação entre os europeus e os Estados Unidos para obter uma paz justa e duradoura que proteja os interesses vitais da Ucrânia e a segurança da Europa”.

A CNN foi informada por um funcionário da Casa Branca de que diversos líderes europeus foram convidados para o encontro. Desde o começo do conflito, Trump e Zelensky se encontraram duas vezes. O primeiro encontro, ocorrido em fevereiro, foi encerrado de maneira abrupta após o republicano adotar um tom considerado áspero e pouco diplomático ao dialogar com o presidente ucraniano.

Trump apresentará a proposta debatida com Putin em Anchorage. De acordo com fontes consultadas pela mídia americana e europeia, a proposta russa consiste em congelar as linhas de frente atuais em troca do reconhecimento internacional da anexação da Crimeia, bem como das regiões ocupadas no Donbas e em Zaporizhzhia.

Ao contrário das negociações passadas na Bielorrússia e na Turquia, quando a Ucrânia acusou Moscou de usar o diálogo como uma forma de distração, desta vez o evento se assemelha a uma conferência internacional, seguindo os padrões da diplomacia tradicional.

Até o momento, os cessar-fogos temporários não tiveram sucesso. Em 2023, por exemplo, uma pausa de 48 horas para evacuação de civis em Bakhmut foi seguida por novos ataques russos no mesmo dia. Circunstâncias como essa levaram os ucranianos a desconfiar de qualquer trégua que não tenha garantias externas.

A reunião em Washington é considerada um importante teste para avaliar até que ponto Trump está disposto a pressionar Zelensky e se a Ucrânia concordará em discutir questões que até então considerava intransigentes. Para Trump, há a oportunidade de concretizar uma promessa de campanha em vitória diplomática. Zelensky enfrenta o risco de deixar Washington com menos suporte político e militar caso se recuse a ceder.