Líder do conselho econômico de Trump enfrenta desafios para justificar tarifa ao Brasil
Kevin Hassett encontrou dificuldades para justificar por que Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto
Ricardo de Moura Pereira
7/14/20252 min read


Neste domingo (13), Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, teve problemas para justificar a decisão do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto. O site "Politico" foi o primeiro a divulgar a informação.
Em uma entrevista com Jonathan Karl, da ABC, dos Estados Unidos, Kevin Hassett defendeu que as tarifas impostas ao Brasil são necessárias não devido a um déficit comercial, mas para expressar o descontentamento de Trump com a forma como o país tratou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Hassett afirmou, em um primeiro momento, que Trump está "tentando colocar a América em primeiro lugar".
Ao ser questionado pelo apresentador da “ABC” sobre o sucesso das relações comerciais entre Brasil e EUA, Hassett afirmou que “as ações do Brasil chocaram o presidente às vezes”. “Em muitos países, o que realmente importa é ajustar as tarifas, e acredito que essa tarifa sobre o Brasil seja mais alta devido à frustração do presidente com o tratamento dado a Bolsonaro”, afirmou.
Relação entre o Brasil e os EUA
O jornalista Jonathan Karl solicitou que Hassett esclarecesse "com que autoridade o presidente pode impor tarifas a um país por não concordar com a maneira como o sistema judicial desse país está tratando um caso específico?" Hassett mais uma vez desviou-se, mencionando perigos para a segurança nacional.
Hassett também foi indagado sobre como o caso de Bolsonaro constituía uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Ele afirmou que havia outros motivos para as tarifas. Embora Hassett não tenha especificado quais são essas questões, ele afirmou que as tarifas integram “uma estratégia geral”.
"Se você não tiver uma estratégia geral para isso, haverá transbordo e tudo mais, e você não alcançará seus objetivos", afirmou Hassett. O Brasil está entre os diversos países que enfrentarão novas taxas que começarão a valer no dia 1º de agosto. Café, suco de laranja e carne bovina são algumas das principais exportações do Brasil para os Estados Unidos.
Fonte - Notícias ICL