Escândalo no Crea-MG: Apoio de Nikolas e Bolsonaro a Preso na "Operação Rejeito"

A prisão de um suspeito por crimes ambientais e desvio de recursos lança luz sobre as redes de apoio que o levaram a posições estratégicas.

Ricardo de Moura Pereira

9/25/20256 min read

Polícia Federal Prende Aliado de Bolsonaro em Operação Rejeito

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 17 de janeiro, a Operação Rejeito, resultando na prisão preventiva de 21 pessoas. Entre os detidos, encontra-se Gilberto Henrique Horta de Carvalho, de 38 anos, uma figura notável por sua proximidade com o Partido Liberal (PL) e com proeminentes nomes da política brasileira, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Nikolas Ferreira.

Gilberto, que atua como geógrafo, ganhou destaque em 2023 quando se candidatou à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). Sua campanha, naquela época, recebeu um apoio maciço de políticos conservadores de alto escalão. Nomes como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcos Feliciano (PL-SP), os senadores Magno Malta (PL-ES) e Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), além do General Braga Neto, gravaram vídeos em suporte à sua candidatura, amplamente divulgados nas redes sociais.

A Operação Rejeito, que agora traz Gilberto Horta para o centro das atenções, investiga crimes de lavagem de dinheiro, receptação e a atuação de uma organização criminosa com foco em fraudes no setor de transportes. A investigação teve início em 2022, após uma denúncia anônima apontar um esquema de roubo de cargas, principalmente minério de ferro, que era revendido com notas fiscais falsas. A organização criminosa operava de forma sofisticada, utilizando a estrutura de empresas de fachada para dar uma aparência de legalidade às transações ilícitas.

A prisão de Gilberto, que mantinha uma relação pública e de proximidade com a cúpula do PL, lança luz sobre as complexas conexões entre o mundo político e as investigações criminais em curso no país. Embora a Operação Rejeito não tenha, até o momento, qualquer ligação direta com os políticos que o apoiaram, a revelação de seu envolvimento em um esquema de crimes financeiros traz um novo elemento para o debate sobre a ética e a integridade no meio político e em seus círculos de influência.

A defesa de Gilberto Henrique Horta de Carvalho ainda não se pronunciou sobre as acusações, e as investigações da Polícia Federal continuam. A operação sinaliza o compromisso das autoridades em combater o crime organizado e a corrupção, independentemente das afiliações políticas dos envolvidos.

Aliado de Bolsonaro e Nikolas Ferreira, Gilberto Carvalho é Preso em Operação que Investiga Esquema Bilionário

O geógrafo Gilberto Henrique Horta de Carvalho, que recebeu apoio de nomes como Jair Bolsonaro e Nikolas Ferreira em sua campanha para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) em 2023, foi preso preventivamente pela Polícia Federal. A prisão faz parte da Operação Rejeito, que desvendou um esquema criminoso bilionário.

De acordo com as investigações, o envolvimento de Gilberto com uma organização criminosa já acontecia antes mesmo de sua candidatura ao Crea-MG, na qual foi derrotado. A quadrilha é acusada de fraudar licenças ambientais, corromper servidores e lavar dinheiro através da exploração de minério de ferro em Minas Gerais.

Apoio Político e Acusações Graves

Apesar de sua derrota, Gilberto Horta era uma figura bem-vinda no círculo de políticos de direita. Em vídeos de apoio à sua candidatura, o ex-presidente Bolsonaro pediu aos eleitores que “votem certo, com conservadores, pessoas de direita”, enquanto Nikolas Ferreira defendeu a necessidade de “tirar a esquerda de um órgão dominado há 30 anos”.

A investigação, contudo, revela um cenário alarmante. A PF estima que o esquema criminoso movimentou lucros de R$ 1,5 bilhão e estava envolvido em projetos avaliados em R$ 18 bilhões. A Justiça Federal, ao determinar a prisão preventiva de Gilberto, também ordenou o bloqueio de seus bens e a suspensão das atividades das empresas nas quais ele era sócio.

O Alcance da Operação Rejeito

A Operação Rejeito vai além da prisão de Gilberto Horta. A investigação aponta para uma complexa rede de crimes financeiros, com empresas de fachada sendo usadas para dar ares de legalidade a atividades ilícitas. A prisão de Gilberto, uma figura com conexões políticas de alto nível, levanta questões sobre as relações entre o meio político e o crime organizado, destacando a importância da atuação da Polícia Federal no combate à corrupção, independentemente do alinhamento partidário dos envolvidos.

A defesa de Gilberto Henrique Horta de Carvalho ainda não se pronunciou publicamente sobre as acusações. A Polícia Federal segue com as investigações para desvendar todos os detalhes do esquema bilionário.

Aliado de Bolsonaro e Nikolas Ferreira, Gilberto Carvalho é Preso em Operação que Investiga Esquema Bilionário

O geógrafo Gilberto Henrique Horta de Carvalho, conhecido por sua proximidade com nomes do PL como Jair Bolsonaro e Nikolas Ferreira, foi detido na Operação Rejeito. A ação da Polícia Federal, que investiga um esquema criminoso de fraude em licenças ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro, movimenta o setor político e empresarial.

A investigação aponta que, mesmo antes de sua candidatura ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) em 2023, Gilberto já estaria envolvido com a organização criminosa. O grupo, especializado na exploração ilegal de minério de ferro, teria movimentado lucros de R$ 1,5 bilhão em projetos avaliados em R$ 18 bilhões.

Silêncio da Defesa e do Partido Liberal

Até o momento, a assessoria de imprensa do Partido Liberal (PL) não se manifestou sobre a prisão de Gilberto, que recebeu apoio público de figuras como Bolsonaro e Nikolas Ferreira em sua campanha. A reportagem também não conseguiu contato com a defesa de Carvalho. O silêncio dos envolvidos adiciona uma camada de incerteza ao caso, que continua a se desenrolar.

A Operação Rejeito permanece em andamento, com policiais federais cumprindo mandados em escritórios e órgãos públicos em Belo Horizonte. Os 21 presos na operação, incluindo Gilberto Carvalho, podem responder por uma série de crimes graves, como crimes ambientais, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União, organização criminosa, violação de sigilo funcional e embaraço às investigações. A prisão de Gilberto Horta ressalta a complexa interseção entre política e crime, e o trabalho incansável das forças de segurança para desmantelar redes criminosas. O caso, com seu vasto alcance e as conexões políticas, continuará sendo acompanhado de perto pela mídia e pela sociedade.

A Operação Rejeito não é um evento isolado, mas sim a culminação de uma investigação de cinco anos. A Polícia Federal, em sua análise, identificou um grupo criminoso que, ao longo do tempo, se sofisticou para expandir suas operações e blindar seus membros.

A primeira fase da investigação, em 2020, chamada Poeira Vermelha, já apontava para exploração mineral irregular em áreas protegidas na Serra do Curral, em Belo Horizonte. No entanto, o avanço foi dificultado por um vazamento de informações sigilosas, que permitiu aos investigados destruírem provas antes que os mandados fossem cumpridos.

Esquema Bilionário e Suspeitas de Vazamento: A Evolução da Operação Rejeito

A Operação Rejeito não é um evento isolado, mas sim a culminação de uma investigação de cinco anos. A Polícia Federal, em sua análise, identificou um grupo criminoso que, ao longo do tempo, se sofisticou para expandir suas operações e blindar seus membros.

A primeira fase da investigação, em 2020, chamada Poeira Vermelha, já apontava para exploração mineral irregular em áreas protegidas na Serra do Curral, em Belo Horizonte. No entanto, o avanço foi dificultado por um vazamento de informações sigilosas, que permitiu aos investigados destruírem provas antes que os mandados fossem cumpridos.

Crescimento da Rede Criminosa e Novas Acusações

A partir de 2021, o grupo expandiu suas atividades, criando empresas de mineração sobrepostas e subsidiárias para camuflar seus negócios ilícitos. Nesse período, o faturamento ilegal chegou a R$ 300 milhões, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).

Em 2023, a atuação da rede continuou intensa, mesmo durante a campanha de Gilberto Carvalho para o Crea-MG. Mensagens recuperadas pela PF mostram o então candidato recebendo estudos sobre uma mineradora em Ouro Preto. O projeto incluía uma barragem classificada pelo MPF como uma das mais perigosas do país. As conversas indicam preocupação com cláusulas que transfeririam a responsabilidade por possíveis desastres e mencionam a necessidade de se comunicar com um delegado da PF para tratar do assunto. A investigação aponta Carvalho como o elo de ligação entre empresários e servidores.

Novos Horizontes e Tentativas de Interferência

Em 2024, o grupo deu um passo a mais, criando uma nova empresa para comprar licenças ambientais e expandir suas operações em Ouro Preto. A composição societária da nova empresa incluía pessoas próximas a Gilberto, e, segundo a PF, a intenção era proteger os sócios que já estavam sob investigação.

A situação da barragem de Ouro Preto, mencionada nas mensagens, se tornou ainda mais grave em abril de 2025, quando a Justiça reconheceu o risco da estrutura. Em junho, a PF anexou novos documentos que revelavam tentativas de interferência em investigações, monitoramento de autoridades do Judiciário e do Ministério Público, e destruição de provas.

A Operação Rejeito revela um esquema complexo e audacioso, que não só atuava na exploração ilegal, mas também tentava minar as investigações e manipular as autoridades. O caso de Gilberto Carvalho, com suas conexões políticas, demonstra a audácia da organização criminosa em sua tentativa de se infiltrar em diferentes esferas de poder.

Fonte - ICL Notícias