Bolsonaro e o senador são investigados pelo MP por antecipação de campanha eleitoral.

Em um vídeo, Bolsonaro escreve "222" na camisa do senador, fazendo referência ao número do PL

8/9/20252 min read

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o senador Marcos Rogério (PL-RO) estão sendo investigados em uma denúncia do Ministério Público Eleitoral. Os dois políticos são acusados de propaganda eleitoral antecipada pelo órgão.

Em um vídeo, Bolsonaro é visto escrevendo "222" na camisa do senador, fazendo referência ao número do PL, de acordo com o MP. A denúncia apresentada à Justiça Eleitoral inclui também três jornais de Porto Velho (RO) que divulgaram o vídeo, além da Meta, empresa responsável pelo Instagram. A gravação ocorreu durante uma "motociata" em Brasília, no dia 29 de julho.

O MP afirma que a gravação, que dura apenas 22 segundos, foi organizada com a intenção de divulgar o senador publicamente e estabelecer uma ligação com o número eleitoral. "O que caracteriza solicitação de voto antecipado."

A gravação constitui uma propaganda irregular para as eleições de 2026, segundo a ação. O MP afirma que o "período legal" autorizado para campanhas eleitorais terá início em 16 de agosto do próximo ano.

O Ministério Público exige que o vídeo seja retirado imediatamente das redes sociais de Bolsonaro e do senador, além de aplicar multas a ambos. A ação também solicita que três sites locais removam os vídeos de suas redes sociais, pois ainda estão disponíveis.

O MP afirma que a permanência do conteúdo "configura vantagem indevida" e prejudica a igualdade entre os pré-candidatos. "Uma vez que a divulgação aconteceu fora do prazo legal. De acordo com a representação, o vídeo foi planejado exclusivamente para favorecer a candidatura de Marcos Rogério antes do tempo, com o objetivo de divulgá-lo ao público, em desacordo com a lei.

A assessoria de imprensa do senador nega a prática de propaganda antecipada. "Trata-se apenas de uma menção totalmente comum a uma possível candidatura, sem qualquer solicitação de voto ou ação que possa afetar o eleitor", afirmou ao UOL. O deputado ainda não recebeu notificação sobre a ação.