Aprovação do Governo Lula Cresce Após Anúncio de Tarifas por Trump, Aponta Pesquisa
"Medidas protecionistas dos EUA reacendem apoio ao governo brasileiro, segundo pesquisa Quaest"
Ricardo de Moura Pereira
7/16/20251 min read


Uma nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), revelou um aumento de 3 pontos percentuais na aprovação do governo Lula, chegando a 43%. O levantamento, realizado entre 10 e 14 de julho, sugere que a resposta do presidente às tarifas impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros no dia 9 de julho influenciou positivamente a percepção pública.
A desaprovação caiu de 57% para 53% no mesmo período. O último crescimento significativo na avaliação do governo havia ocorrido entre maio e julho de 2024, quando a aprovação subiu 4 pontos. Desta vez, o movimento foi impulsionado principalmente pelo eleitorado feminino, no qual a aprovação passou de 42% para 46%, enquanto a desaprovação recuou de 54% para 49%. Entre os homens, a avaliação se manteve estável, com 39% de aprovação e 58% de desaprovação.
Rejeição às Medidas de Trump e Apoio à Postura de Lula
A pesquisa também mediu a opinião dos brasileiros sobre as tarifas anunciadas pelos EUA:
72% consideram que Trump está "errado" ao impor as taxas sob a justificativa de perseguição política a Bolsonaro.
63% discordam da afirmação de que a relação comercial entre Brasil e EUA é "injusta".
79% acreditam que as tarifas trarão prejuízos à população brasileira.
Quando questionados sobre quem está agindo corretamente no embate, 44% apontaram Lula e o PT, enquanto 29% defenderam a postura de Bolsonaro e seus aliados. Outros 15% não apoiam nenhum dos lados.
Diferenças por Nível de Escolaridade
O aumento na aprovação foi mais expressivo entre eleitores com ensino superior completo, subindo de 33% para 45%, enquanto a desaprovação caiu de 64% para 53%. Já entre os entrevistados com ensino médio completo, houve leve recuo na aprovação, de 37% para 35%.
Os dados indicam que a resposta do governo Lula às medidas protecionistas de Trump repercutiu de forma positiva junto a parte da população, especialmente entre mulheres e pessoas com maior escolaridade, reforçando uma tendência de recuperação na avaliação presidencial.