Americanos afirmam que o governo Trump o desemprego cresceu atualmente

Donald Trump é o presidente dos EUA com a pior aprovação aos 100 dias de mandato

8/10/20254 min read

O ano de 2025 tem sido de grande turbulência para o mercado de trabalho dos Estados Unidos, com a taxa de desemprego em ascensão e a criação de novas vagas desacelerando. A situação levanta preocupações econômicas e políticas, especialmente no que se refere às políticas do governo de Donald Trump.

Taxa de Desemprego e Crescimento de Empregos

Apesar de a taxa de desemprego ter se mantido em uma faixa historicamente baixa entre 4,0% e 4,2% desde maio de 2024, a dinâmica do mercado de trabalho mudou drasticamente em 2025. Dados recentes do Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) mostram que a criação de empregos desacelerou significativamente. Em julho, por exemplo, o número de novos postos de trabalho ficou bem abaixo do esperado por analistas.

Para piorar, o BLS revisou para baixo os números de criação de vagas dos meses anteriores, o que mostrou que a economia adicionou 258.000 empregos a menos do que o inicialmente reportado em maio e junho. Esse cenário de desaceleração econômica é acompanhado de um aumento nos pedidos de seguro-desemprego, indicando uma fragilidade crescente no mercado de trabalho.

As Políticas de Trump e o Mercado de Trabalho

As políticas do atual governo têm sido apontadas por economistas como um fator crucial para a desaceleração. A guerra comercial e o aumento das tarifas sobre produtos importados estão entre os principais pontos de preocupação. Empresas estão se tornando mais cautelosas com contratações e investimentos devido à incerteza gerada pelas novas tarifas e pela possibilidade de retaliações comerciais.

Outra política que impacta o mercado de trabalho é a repressão à imigração. A menor oferta de mão de obra, resultado de políticas mais rígidas, tem ajudado a manter a taxa de desemprego baixa, mas também tem limitado a capacidade das empresas de expandir e preencher vagas em diversos setores.

A resposta do governo Trump à divulgação dos dados econômicos fracos também gerou controvérsia. O presidente criticou publicamente o BLS e chegou a demitir a responsável pelo órgão, acusando-a de manipular os números, o que provocou críticas sobre a interferência política em instituições independentes. O presidente, por sua vez, apresentou sua própria análise com números corrigidos, alegando que os dados oficiais não representam a realidade da economia.

Perspectivas Futuras

A situação atual coloca uma grande pressão sobre o governo e o banco central dos EUA, o Federal Reserve (Fed). A desaceleração na criação de empregos e o aumento dos pedidos de seguro-desemprego levam o mercado a apostar que o Fed pode ser pressionado a cortar as taxas de juros para estimular a economia.

Embora a taxa de desemprego ainda se mantenha em um nível relativamente baixo, o ritmo de crescimento do emprego e as revisões negativas de dados indicam que a economia americana enfrenta desafios reais. O futuro do mercado de trabalho dos EUA em 2025, e a forma como o governo e as instituições financeiras irão reagir, continuam sendo o foco de atenção de analistas e da população.

A taxa do desemprego pela estatística dos Estados Unidos e a demissão dada pelo governo Trump 

Em uma reviravolta que ecoou por Washington e Wall Street, o presidente Donald Trump demitiu o chefe do Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) na última sexta-feira, após a divulgação de um relatório que mostrava um aumento na taxa de desemprego. A decisão gerou uma onda de críticas de economistas, políticos e analistas, que acusam o governo de minar a credibilidade das instituições estatísticas independentes.

O relatório, que foi o estopim da crise, apontou que a taxa de desemprego subiu para 4,2% em agosto, um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. A notícia, que surpreendeu os mercados, foi acompanhada de uma desaceleração no crescimento de empregos, com a criação de novas vagas ficando abaixo das projeções.

Poucas horas após a divulgação dos dados, o presidente Trump usou as redes sociais para criticar o relatório, chamando-o de "manipulado" e "fake news". Em seguida, foi anunciado o desligamento de Elizabeth Collins, a comissária do BLS, que estava no cargo desde 2021. Em uma breve declaração, a Casa Branca afirmou que a demissão fazia parte de uma "reestruturação de liderança".

A demissão foi rapidamente condenada por membros de ambos os partidos. O senador Chuck Schumer, líder da maioria no Senado, classificou a ação como "chocante" e "um ataque direto à integridade do governo". Já o ex-presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, emitiu um comunicado dizendo que "a independência das agências estatísticas é fundamental para a confiança dos investidores e a estabilidade econômica".

Em resposta às críticas, um porta-voz da Casa Branca defendeu a decisão, argumentando que o presidente tem o direito de ter uma equipe de liderança em quem confia para fornecer informações precisas sobre a economia. A Casa Branca também publicou um comunicado de imprensa com dados alternativos que, segundo o governo, pintam um quadro mais positivo do mercado de trabalho. No entanto, esses dados alternativos não foram corroborados por nenhuma outra fonte independente.

O incidente levanta sérias preocupações sobre a transparência do governo e a politização de dados econômicos. A independência do BLS é crucial para que economistas, investidores e o público possam tomar decisões informadas. A demissão da comissária do BLS, um órgão que tradicionalmente opera fora do controle político, é vista por muitos como um precedente perigoso para a forma como o governo pode lidar com informações que considera desfavoráveis.

Analistas preveem que a controvérsia pode ter um impacto duradouro na confiança pública nas estatísticas econômicas e pode gerar incerteza nos mercados financeiros. A nomeação de um substituto para a comissária demitida será observada de perto, e a comunidade financeira espera que o novo líder garanta a independência e a integridade dos dados que o BLS divulga.