"Operação contra Máfia das Cantinas em Presídios do RJ: Investigados são Alvo de Ação do Ministério Público"

 

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), com a colaboração da Coordenadoria de Segurança e Inteligência, executa quatro mandados de busca e apreensão contra suspeitos envolvidos no caso de operação de cantinas em penitenciárias e casas de detenção no Rio de Janeiro.

A ação Snack Time, realizada nesta terça-feira, é resultado de um procedimento de investigação criminal (PIC) conduzido pelo GAECO/MPRJ, que investiga a organização criminosa conhecida como máfia das cantinas. O órgão ressalta que o prejuízo ultrapassou os R$ 25 milhões. Os investigados são acusados de organização criminosa, formação de cartel e fraude em licitações.

Dois advogados estão entre os visados. A investigação indica que pelo menos 30 empresas e funcionários da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) estão direta ou indiretamente associados ao grupo criminoso. Segundo o Gaeco, o grupo criminoso prejudicou o Estado do Rio de Janeiro em R$ 25.246.970,71, referentes a locações devidas pelas empresas à SEAP. Iniciaram-se as investigações com base em um relatório da Subsecretaria de Inteligência do Sistema Penitenciário (SSISPEN).

Os mandados foram obtidos na 1a Vara Criminal Especializada em Crimes Organizados e estão sendo executados nos bairros de Copacabana, na Zona Sul do Rio, Barra da Tijuca, Sepetiba e Bangu, localizados na Zona Oeste. De acordo com o Gaeco, a organização criminosa começou em 2019, sendo estabelecida dentro da Seap para manter um cartel que domina o serviço de cantinas. Depois que a secretaria decidiu encerrar o serviço, a organização começou a empregar detentos para iniciar processos contra o Estado.

Um conjunto de advogados propôs ações legais em nome dos detentos com o objetivo de enganar o Judiciário, sugerindo que os indivíduos encarcerados estariam pedindo a reabertura das cantinas.

Conforme o GaecoJ, durante o interrogatório, os detidos declararam desconhecer o propósito da ação quando outorgaram as procurações. Segundo os promotores de Justiça, a intenção dos advogados era assegurar a continuidade de uma prática que afeta negativamente tanto o Estado quanto os detentos do sistema prisional, em virtude dos elevados preços dos produtos comercializados.



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