Supõe-se que existam 13 milhões de imigrantes sem documentação nos Estados Unidos. Conforme previsto pelo vice-presidente eleito J.D., aproximadamente 1 milhão de pessoas serão deportadas anualmente. Segundo Vance, essa operação terá um custo de US$ 960 bilhões (equivalente a R$ 5,56 trilhões) em uma década, conforme as estimativas do American Immigration Council.
A magnitude de uma deportação em larga escala requereria uma infraestrutura muito superior à que o governo possui atualmente. Exige a contratação de pelo menos 10 mil empregados e agentes, a edificação de campos de detenção para imigrantes e rapidez nos tribunais de imigração para lidar com as expulsões e a torrente de processos judiciais contra elas.
Trump antecipou-se ao objetivo e revelou nesta segunda-feira o segundo integrante de sua equipe: o autoritário Tom Homan, que comandou o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) durante o primeiro mandato, será o senhor da fronteira.
Horas antes do anúncio da nomeação, Homan tentou amenizar os impactos do plano de Trump em uma entrevista à Fox News, esclarecendo que os militares não vão perseguir imigrantes ilegais para prendê-los. "Quando chegarmos ao local, saberemos quem estamos procurando.
" Possivelmente, teremos conhecimento de onde estão, e isso será realizado de maneira humana. É importante destacar que o novo czar agiu de maneira decidida na elaboração da política de separação familiar, um dos temas mais controversos do primeiro mandato de Trump.
Além das questões éticas, um dos pontos mais discutidos sobre a deportação em larga escala é o seu efeito na economia americana, uma vez que a maior parte dos trabalhadores sem documentos se concentra nos setores de construção, agricultura e serviços.
Os apoiadores sustentam que a deportação favoreceria os empregados americanos e aprimoraria suas condições laborais. No entanto, os críticos tendem a ser mais realistas. Chamam a atenção para a instabilidade econômica em setores que dependem de trabalhadores imigrantes e as consequências devastadoras provocadas pela campanha de perseguição a trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
Fote da matéria - G1