Presidente venezuelano enfrenta críticas da comunidade internacional sobre a legitimidade do processo eleitoral
Caracas, 10 de agosto de 2024 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, compareceu nesta segunda-feira à Suprema Corte do país para validar sua reeleição em meio a uma crescente pressão da comunidade internacional sobre o processo eleitoral.
Maduro, que governa a Venezuela desde 2013, venceu as eleições presidenciais realizadas em junho deste ano com 52% dos votos. No entanto, o pleito foi amplamente contestado pela oposição e por observadores internacionais, que denunciaram irregularidades e falta de transparência.
Apesar das críticas. Maduro compareceu à Suprema Corte, controlada por aliados do governo, para confirmar sua vitória e dar posse ao seu segundo mandato. O presidente argumentou que as eleições foram livres e democráticas, e que a vitória representa a vontade do povo venezuelano.
"O povo venezuelano falou nas urnas e me deu um novo mandato para governar este país. Não vou me curvar às pressões internacionais, pois sou o legítimo presidente eleito", disse Maduro durante a cerimônia.
No entanto, a legitimidade do processo eleitoral tem sido questionada por diversos países e organizações internacionais. Os Estados Unidos, a União Europeia e a Organização dos Estados Americanos (OEA) se recusaram a reconhecer os resultados, alegando que as eleições não atenderam aos padrões democráticos.
"Não podemos aceitar que uma eleição marcada por tantas irregularidades e denúncias de fraude seja considerada legítima", afirmou o secretário-geral da OEA, Luis Almagro. "A comunidade internacional não pode legitimar um processo eleitoral que não respeitou os direitos políticos dos venezuelanos."
Maduro, por sua vez, acusa a oposição e os países estrangeiros de tentarem desestabilizar o país e dar um golpe de Estado. O presidente defende que as eleições foram justas e democráticas, e sua reeleição fortalecerá a soberania da Venezuela.
Apesar das pressões internacionais, Maduro parece determinado a concluir o processo de validação de sua reeleição na Suprema Corte e iniciar seu segundo mandato. No entanto, a legitimidade de seu governo permanece fortemente contestada, com a possibilidade de novas sanções e isolamento diplomático da Venezuela.