Jimmy "Barbecue" Chérizier é um ex-policial que se tornou líder de uma das gangues mais poderosas do Haiti, a G9 e Família. Ele é acusado de cometer vários massacres em Porto Príncipe, a capital do país, e de desafiar o governo do primeiro-ministro Ariel Henry. Ele usa as redes sociais para divulgar sua mensagem de revolução contra a elite política "corrupta" e para recrutar seguidores para sua organização armada. Ele está na lista de sanções dos Estados Unidos e da ONU por violações dos direitos humanos.
Chérizier nasceu em Delmas, uma área próxima às favelas de La Saline, onde ocorreu um dos piores massacres atribuídos à sua gangue em 2018. Ele era um policial da unidade especial UDMO, mas foi demitido em dezembro daquele ano. Em junho de 2020, ele anunciou a formação da G9, uma federação de mais de uma dúzia de gangues que controlam cerca de 80% do território de Porto Príncipe. Ele se autodenomina o líder de uma "revolução armada" contra o sistema político e econômico do Haiti.
Em março de 2024, ele declarou publicamente que suas gangues estavam lutando para derrubar Henry e tomar o poder no Haiti. Ele pediu à polícia e ao exército que prendessem o primeiro-ministro e exigiu uma anistia e a libertação de todos os membros de seu grupo. Ele também participou da invasão da principal prisão do país no sábado (3/3), que resultou na fuga de mais de 3.700 presos e na morte de 12 pessoas.
Chérizier é considerado um dos líderes criminosos mais temidos do Haiti e um dos principais responsáveis pela onda de violência que assola o país desde 2020. Ele é conhecido pelo apelido de "Barbecue", que segundo ele vem do negócio de carne assada de sua família, mas segundo alguns testemunhos vem do hábito de queimar as casas e os corpos de suas vítimas.