Uma brasileira que foi vítima de um estupro coletivo na Índia em dezembro de 2020 publicou um texto em seu blog pessoal para rebater as críticas que recebeu na internet. Ela disse que não se sente culpada pelo que aconteceu e que não vai se calar diante da violência.
No texto, ela conta que estava viajando pela Índia com uma amiga e que decidiu visitar um templo hindu em uma cidade do norte do país. Ela disse que foi abordada por um grupo de homens que se ofereceram para guiá-las pelo local. Ela aceitou a oferta, mas logo percebeu que havia algo errado.
Ela disse que os homens as levaram para uma área isolada do templo e começaram a agredi-las. Ela disse que tentou resistir, mas foi imobilizada e estuprada por vários deles. Ela disse que sua amiga conseguiu escapar e pedir ajuda, mas ela ficou presa com os agressores por cerca de uma hora.
Ela disse que foi socorrida pela polícia e levada para um hospital, onde recebeu atendimento médico e psicológico. Ela disse que fez o exame de corpo de delito e registrou um boletim de ocorrência contra os suspeitos. Ela disse que a polícia prendeu alguns deles, mas que outros ainda estão foragidos. Ela disse que, após o ocorrido, recebeu muitas mensagens de apoio, mas também de ódio e julgamento. Ela disse que algumas pessoas a acusaram de ter provocado os homens, de ter se exposto ao perigo, de ter manchado a imagem do Brasil e da Índia, e até de ter inventado a história.
Ela disse que essas críticas são fruto de uma cultura machista e patriarcal, que culpabiliza as vítimas e minimiza os crimes. Ela disse que não vai se deixar abalar por essas vozes, e que vai continuar lutando por justiça e pelos seus direitos. Ela disse que o estupro não tirou a sua dignidade, a sua força ou a sua vontade de viver. Ela disse que o estupro não define quem ela é, e que ela é muito mais do que isso. Ela disse que o estupro não é o fim da sua história, e que ela tem muitos sonhos e projetos para o futuro.
Ela disse que escreveu o texto para inspirar outras mulheres que passaram ou passam por situações semelhantes, e para mostrar que elas não estão sozinhas. Ela disse que espera que o seu relato contribua para a conscientização e a prevenção da violência contra as mulheres, e para a mudança de mentalidade da sociedade. Ela terminou o texto com uma mensagem de esperança e coragem: "Eu sobrevivi. Eu resisti. Eu me recuperei. Eu me reinventei. Eu me amo. Eu me respeito. Eu me valorizo. Eu sou livre. Eu sou feliz."