O discurso de Joe Biden ao Congresso na noite de quarta-feira (7) foi recebido com alívio pelos democratas, que elogiaram o tom conciliador e otimista do presidente dos Estados Unidos. Biden fez um balanço dos seus primeiros 100 dias de governo e apresentou suas propostas para os próximos meses, incluindo um pacote trilionário de investimentos em infraestrutura, educação e família.
Em seu blog, o senador Bernie Sanders, ex-pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata, disse que Biden "entendeu a gravidade da crise que enfrentamos e está preparado para enfrentá-la". Sanders destacou as medidas de Biden para combater a pandemia de Covid-19, a crise climática, a desigualdade econômica e social e a ameaça do autoritarismo.
A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, também elogiou o discurso de Biden, afirmando que ele "inspirou confiança e esperança" nos americanos. Ela disse que os democratas estão comprometidos em trabalhar com o presidente para aprovar seus planos no Congresso e "construir de volta melhor" o país.
O líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, foi um dos poucos republicanos que assistiram ao discurso presencialmente. Ele criticou as propostas de Biden, dizendo que elas são "uma lista de desejos radical" que vai aumentar os impostos e o endividamento. Ele acusou Biden de abandonar sua promessa de unidade e de governar apenas para a esquerda.
Outros republicanos também reagiram negativamente ao discurso de Biden, como a senadora Marsha Blackburn, que disse que ele foi "uma decepção" e que mostrou "uma falta de liderança". Ela afirmou que Biden está seguindo a agenda socialista dos democratas mais radicais e ignorando os problemas reais dos americanos.
O discurso de Biden foi visto por cerca de 26 milhões de pessoas na televisão, segundo dados preliminares da Nielsen. Esse número é menor do que o registrado por seus antecessores Donald Trump (48 milhões), Barack Obama (52 milhões) e George W. Bush (39 milhões) em seus primeiros discursos ao Congresso.