Uma boa notícia para os trabalhadores brasileiros: o governo anunciou nesta quarta-feira (7) que vai ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos por mês. A medida faz parte de um pacote de ações para estimular a economia e aliviar o bolso dos contribuintes.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a ampliação da isenção vai beneficiar cerca de 15 milhões de pessoas, que deixarão de pagar o imposto ou terão direito à restituição. Atualmente, só estão isentos do IR os trabalhadores que ganham até R$ 1.903,98 por mês. Com a mudança, o limite passará para R$ 2.200,00, considerando o valor do salário mínimo de R$ 1.100,00 em 2021.
O governo estima que a medida terá um impacto de R$ 13,5 bilhões nas contas públicas em 2022, mas espera compensar essa perda com o aumento da arrecadação de outros tributos e com o crescimento da atividade econômica. Além disso, o governo pretende fazer uma reforma tributária para simplificar e modernizar o sistema tributário brasileiro.
O ministro Paulo Guedes afirmou que a ampliação da isenção do IR é uma forma de fazer justiça social e distribuir renda para os mais pobres. Ele disse que o governo está comprometido com o equilíbrio fiscal e com a responsabilidade com as futuras gerações. Para ter direito à isenção, os trabalhadores deverão entregar a declaração do IR em 2022, referente aos rendimentos de 2021. A Receita Federal vai divulgar em breve as regras e os prazos para a entrega da declaração.
A ampliação da isenção do IR é uma medida esperada há muito tempo pelos trabalhadores e pelas entidades sindicais, que defendem uma maior progressividade do imposto. Segundo eles, o IR é injusto porque penaliza os mais pobres e beneficia os mais ricos. A medida também foi elogiada por especialistas em tributação, que consideram que ela vai aumentar o poder de compra e o consumo das famílias de baixa renda, além de reduzir a burocracia e os custos administrativos do imposto.
No entanto, alguns analistas alertam que a medida pode ter efeitos negativos sobre as contas públicas, já que o governo terá menos recursos para investir em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Eles também apontam que a medida pode ser insuficiente para corrigir as distorções do sistema tributário brasileiro, que precisa de uma reforma mais ampla e profunda.
Fonte CNN Brasil