News Nacional - Ricardo de Moura Pereira
Varíola do Alasca: o que é?Você já ouviu falar da varíola do Alasca? Essa é uma doença rara causada por um vírus que foi descoberto em 2015 e que já fez uma vítima fatal nos Estados Unidos. Neste post, vamos explicar o que é a varíola do Alasca, quais são os seus sintomas, como ela é transmitida e como se prevenir.
O que é a varíola do Alasca?
A varíola do Alasca, também chamada de Alaskapox, é uma infecção viral causada por um ortopoxvírus, o mesmo gênero de vírus que causa a varíola, a varíola bovina e a varíola dos macacos. O vírus foi identificado pela primeira vez em 2015, em uma mulher que apresentou lesões na pele após entrar em contato com um esquilo vermelho. Desde então, foram registrados mais seis casos em humanos, todos no estado do Alasca.
A varíola do Alasca é considerada uma doença endêmica em populações de pequenos mamíferos no Alasca, como ratazanas, musaranhos e esquilos vermelhos. Os cientistas acreditam que o vírus possa estar presente no estado há centenas ou milhares de anos, mas que só foi detectado recentemente devido ao aumento da conscientização dos médicos e do público.
Quais são os sintomas da varíola do Alasca?
Os sintomas da varíola do Alasca incluem uma ou mais lesões na pele semelhantes a picadas de aranha ou insetos, que podem coçar ou doer. As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nas mãos, nos braços e no rosto. Outros sintomas podem ser gânglios linfáticos inchados e dores articulares ou musculares. Os sintomas geralmente desaparecem em algumas semanas, sem deixar cicatrizes.
A maioria dos casos de varíola do Alasca é leve e não requer hospitalização ou tratamento específico. No entanto, em janeiro de 2024, foi confirmada a primeira morte por varíola do Alasca nos Estados Unidos. Trata-se de um homem idoso que morava na Península de Quenai, no Alasca, e que tinha câncer e estava com o sistema imunológico debilitado. Ele foi diagnosticado com varíola do Alasca em novembro de 2023 e morreu dois meses depois. As autoridades de saúde afirmaram que o estado imunocomprometido do paciente provavelmente contribuiu para a gravidade da doença.
Como a varíola do Alasca é transmitida?
A forma exata de transmissão da varíola do Alasca ainda não está clara, mas os especialistas suspeitam que o vírus seja zoonótico, ou seja, transmitido entre animais e seres humanos. Os pacientes podem ter contraído o vírus de bichos de estimação que entraram em contato com pequenos mamíferos infectados, como ratos ou esquilos. Também pode haver transmissão direta entre humanos pelo contato com as lesões na pele.
Como se prevenir da varíola do Alasca?
A melhor forma de prevenir a varíola do Alasca é evitar o contato com animais selvagens ou domésticos que possam estar infectados pelo vírus. Se você mora ou visita áreas onde há casos da doença, use luvas e roupas protetoras ao manusear animais ou objetos contaminados. Lave bem as mãos com água e sabão após o contato com animais ou pessoas que tenham lesões na pele. Se você apresentar algum sintoma da doença, procure um médico imediatamente e informe sobre o seu histórico de exposição.
A varíola do Alasca é uma doença rara e pouco conhecida, mas que pode ser grave em pessoas com baixa imunidade. Por isso, é importante estar atento aos sinais da doença e tomar medidas preventivas para evitar o contágio. Esperamos que este post tenha esclarecido as suas dúvidas sobre o assunto. Se você gostou deste conteúdo, compartilhe com os seus amigos e deixe o seu comentário.
Os responsáveis pela saúde no Alasca identificaram a primeira morte oficial ligada a um vírus descoberto em 2015, denominado Alaskapox ou varíola do Alasca.
De acordo com o Departamento de Saúde do estado, desde então, foram registadas sete infecções por varíola do Alasca. A mais recente foi identificada num homem idoso que morreu no mês passado.
" Este é o primeiro caso de infeção grave de varíola no Alasca que levou à hospitalização e à morte", afirmou o departamento de saúde num comunicado na semana passada.
Segundo as autoridades, o homem tinha um sistema imunitário enfraquecido devido ao tratamento do cancro, o que provavelmente contribuiu para a intensidade da sua doença. Os peritos afirmam que a doença é geralmente ligeira e que as infecções continuam a ser raras nos seres humanos, uma vez que o vírus se encontra essencialmente em populações de pequenos mamíferos em todo o Alasca.
"Seis dos sete casos foram ligeiros e limitados, pelo que o paciente nem sequer necessitou de qualquer tratamento de apoio por parte de um profissional de saúde", afirmou o Dr. Joe McLaughlin, epidemiologista estatal e chefe da Secção de Epidemiologia do Departamento de Saúde do Alasca.
Ainda assim, há muito que não se sabe sobre o vírus, disse McLaughlin, incluindo como passa dos animais para os humanos e há quanto tempo existe.
Fonte CNN Brasil