Segundo Cid, Michelle e Eduardo teriam estimulado Bolsonaro a realizar um golpe de Estado

 

Neste post, vou comentar sobre a delação do Coronel  Mauro Cid , que acusou a primeira-dama Michelle e o deputado Eduardo Bolsonaro de incentivarem o presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado no Brasil. A reportagem foi publicada pela revista Carta Capital, com base em um documento sigiloso da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo a delação, Cid teria presenciado uma reunião no Palácio do Planalto, em agosto de 2020, na qual Michelle e Eduardo Bolsonaro teriam pressionado o presidente a intervir nas instituições democráticas, como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Eles teriam argumentado que Bolsonaro corria o risco de ser afastado ou preso por causa das investigações sobre as rachadinhas, os atos antidemocráticos e a interferência na Polícia Federal.

De acordo com o ex-assessor de Bolsonaro, a primeira-dama e o deputado federal integravam um grupo mais extremista de pessoas que aconselhavam o ex-presidente no Planalto. a dar golpe. Faziam Bolsonaro acreditar que, se ele desse um golpe, poderia contar com o apoio da população e dos Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs). 

Cid  afirmou que tentou dissuadir Bolsonaro de seguir o conselho da esposa e do filho, alertando para as consequências jurídicas e políticas de um golpe. Ele disse que Bolsonaro estava indeciso e confuso, mas que parecia inclinado a ouvir Michelle e Eduardo. O Cid disse que saiu da reunião assustado e que procurou o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para relatar o que havia presenciado.

A delação de Cid Gomes é grave e revela os bastidores da tentativa de golpe de Bolsonaro, que culminou com as manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro  de 2023. A reportagem da Carta Capital mostra que Michelle e Eduardo Bolsonaro foram os principais articuladores do plano golpista, que contou com o apoio de militares, policiais, caminhoneiros e grupos radicais. A PGR deve investigar as denúncias e responsabilizar os envolvidos por crimes contra a ordem constitucional e a democracia.


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