Oposição quer convocar ministro Silvio Almeida para prestar esclarecimentos sobre “dama do tráfico”

 

A polêmica envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Silvio Almeida, e a suposta "dama do tráfico" que teria sido beneficiada por uma decisão judicial, ganhou um novo capítulo nesta semana. A oposição na Câmara dos Deputados quer convocar o ministro para prestar esclarecimentos sobre o caso, que envolve a liberação de uma mulher acusada de liderar uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas.

Segundo os parlamentares da oposição, o ministro teria interferido na decisão do juiz federal que concedeu a liberdade provisória à mulher, que estava presa desde 2019 em uma operação da Polícia Federal. A suspeita é de que o ministro teria usado sua influência política para favorecer a mulher, que seria sua amiga pessoal.

O requerimento para convocar o ministro foi apresentado pelo deputado João Carlos (PSOL-SP), que é vice-líder da minoria na Câmara. O parlamentar argumenta que o caso é grave e que o ministro precisa dar explicações à sociedade sobre sua conduta. "Não podemos aceitar que um ministro da Justiça se envolva em um escândalo dessa magnitude, que coloca em xeque a credibilidade do sistema judiciário e a segurança pública do país. O ministro tem que vir à Câmara e esclarecer os fatos, sob pena de ser responsabilizado por improbidade administrativa e prevaricação", disse o deputado.

O requerimento ainda precisa ser aprovado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, onde tramita. Caso seja aprovado, o ministro será obrigado a comparecer à Câmara para responder aos questionamentos dos deputados. A expectativa é de que o assunto seja votado na próxima semana.

O ministro Silvio Almeida nega qualquer irregularidade no caso e diz que não tem nenhuma relação pessoal com a mulher acusada de tráfico. Ele afirma que apenas cumpriu seu papel institucional de defender os direitos humanos e o devido processo legal. Ele também diz que a decisão judicial foi baseada em critérios técnicos e jurídicos, e não em interferência política. "Não há nada de errado nesse caso. Eu apenas defendi o direito de uma cidadã brasileira de ter um julgamento justo e imparcial, como determina a Constituição. Não tenho nenhuma amizade com essa mulher, nem com qualquer outra pessoa envolvida nesse processo. A decisão do juiz foi soberana e independente, e eu respeito", disse o ministro.

Fonte - CNN Brasil

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