Os EUA são o principal aliado de Israel no cenário mundial, fornecendo apoio diplomático, militar e financeiro ao país. Segundo dados do Congressional Research Service, um órgão do Congresso americano, os EUA destinaram cerca de US$ 146 bilhões em assistência externa a Israel desde 1949, sendo US$ 3,8 bilhões apenas em 2020. Além disso, os EUA são o maior fornecedor de armas a Israel, com acordos que incluem caças, mísseis, tanques e sistemas de defesa antimísseis.
O apoio dos EUA a Israel não é apenas uma questão de afinidade ideológica ou cultural, mas também uma forma de garantir a influência americana no Oriente Médio, uma região estratégica do ponto de vista geopolítico e energético. Israel é visto pelos EUA como um parceiro confiável e um baluarte contra o avanço de seus rivais na região, como o Irã e a Síria. Além disso, os EUA têm interesses econômicos em Israel, que é um polo de inovação tecnológica e um mercado consumidor importante para as empresas americanas.
No entanto, o apoio dos EUA a Israel também tem um custo político e moral para os americanos. Ao se alinhar incondicionalmente com Israel, os EUA se colocam em oposição aos direitos e às reivindicações do povo palestino, que sofre com a ocupação israelense, o bloqueio econômico, a violação de direitos humanos e a falta de perspectivas de paz. Além disso, os EUA perdem credibilidade e legitimidade como mediadores do conflito e como defensores da democracia e dos direitos humanos no mundo.
O apoio dos EUA a Israel também gera críticas internas nos próprios EUA, onde há setores da sociedade civil, da mídia e da política que questionam a política externa americana em relação ao Oriente Médio. Esses setores defendem uma postura mais equilibrada e crítica em relação a Israel, que leve em conta os interesses e as aspirações do povo palestino e que pressione por uma solução pacífica e justa para o conflito.
Diante desse cenário complexo e delicado, cabe aos EUA repensar o seu papel na região e o seu apoio a Israel. Os EUA têm a responsabilidade e a oportunidade de contribuir para a paz e a segurança no Oriente Médio, mas para isso precisam reconhecer os erros e as injustiças cometidos no passado e no presente, e buscar uma política externa mais coerente com os seus valores e princípios.