Novo artigo explica por que Putin decidiu sair do tratado de não proliferação nuclear

 

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News Nacional - Mês de novembro 

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na quarta-feira que a Rússia se retiraria do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), um acordo histórico assinado em 1987 entre os Estados Unidos e a União Soviética para eliminar os mísseis nucleares de alcance intermediário na Europa. A decisão de Putin veio um dia depois que o presidente americano, Joe Biden, declarou que os Estados Unidos também deixariam o tratado, acusando a Rússia de violar seus termos.

Mas por que Putin tomou essa medida drástica e quais são as implicações para a segurança global? Neste artigo, vamos analisar as razões políticas, estratégicas e tecnológicas por trás da saída da Rússia do tratado INF e os possíveis cenários para o futuro das relações entre as duas potências nucleares.

A razão política: uma resposta à pressão dos EUA

Uma das principais razões que levaram Putin a abandonar o tratado INF foi a percepção de que os Estados Unidos estavam tentando conter a influência da Rússia na região e no mundo. Desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, os Estados Unidos impuseram uma série de sanções econômicas e diplomáticas contra Moscou, além de aumentar sua presença militar na Europa Oriental e no Mar Negro. Os Estados Unidos também se opuseram à intervenção da Rússia na Síria e ao seu apoio ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela.

Putin viu o tratado INF como um obstáculo para a defesa dos interesses nacionais da Rússia e para a projeção de seu poder na região. O tratado proibia a Rússia de desenvolver e implantar mísseis nucleares com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros, que poderiam atingir alvos na Europa e na Ásia. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos podiam manter seus mísseis nucleares de longo alcance, que podiam atingir o território russo a partir de bases no exterior.

Além disso, Putin acusou os Estados Unidos de violarem o tratado INF ao instalarem sistemas antimísseis na Romênia e na Polônia, que poderiam ser usados para lançar mísseis nucleares de curto e médio alcance. Os Estados Unidos negaram essa acusação e afirmaram que os sistemas antimísseis eram apenas defensivos e destinados a proteger os aliados da OTAN contra ameaças provenientes do Irã e da Coreia do Norte.

Ao sair do tratado INF, Putin quis enviar uma mensagem clara aos Estados Unidos de que a Rússia não aceitaria ser intimidada ou isolada no cenário internacional. Putin também quis mostrar aos seus aliados e adversários que a Rússia era uma potência nuclear soberana e capaz de defender seus interesses com todos os meios disponíveis.


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