Lula vai receber nessa segunda brasileiros repatriados de Gaza

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira que irá receber pessoalmente os brasileiros que estão sendo repatriados de Gaza, após os intensos conflitos entre Israel e o grupo Hamas. Em uma entrevista coletiva em Brasília, Lula disse que fez questão de acompanhar a operação humanitária que trouxe de volta 34 cidadãos que viviam na região sob fogo cruzado.

"Eu quis estar aqui para abraçar essas pessoas que passaram por momentos de terror e angústia, e para dizer que o Brasil está de portas abertas para acolhê-las", afirmou Lula, que estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do embaixador do Brasil em Israel, Paulo Cesar de Oliveira Campos.

Lula disse que conversou com alguns dos repatriados e ouviu relatos dramáticos sobre a situação em Gaza, onde mais de 200 pessoas morreram e milhares ficaram feridas desde o início dos ataques israelenses, em 10 de novembro. Segundo ele, os brasileiros contaram que não tinham água, luz, comida, remédios e nem condições de sair de suas casas.

"É uma situação inaceitável, que viola os direitos humanos mais básicos. O Brasil condena veementemente a violência de ambos os lados e pede o fim imediato das hostilidades. É preciso retomar o diálogo e buscar uma solução pacífica para o conflito, respeitando as resoluções da ONU e o direito à autodeterminação do povo palestino", declarou Lula.

O ex-presidente também elogiou o trabalho da diplomacia brasileira, que coordenou a operação de repatriação em parceria com as autoridades israelenses e egípcias. Ele disse que o Brasil tem uma posição equilibrada e respeitada no Oriente Médio, e que continuará a se empenhar pela paz na região.

"O Brasil tem uma história de amizade e cooperação com todos os países do Oriente Médio, tanto árabes quanto israelenses. Nós queremos contribuir para a construção de uma convivência harmoniosa entre os povos, baseada no respeito mútuo e na justiça. Essa é a nossa missão como país pacífico e solidário", afirmou Lula.

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