O segundo turno das eleições presidenciais na Argentina está sendo realizado neste domingo (28), com a participação de cerca de 34 milhões de eleitores. Segundo o Ministério do Interior, até as 15h (horário local), 45% dos eleitores já haviam votado, um número levemente inferior ao registrado no primeiro turno, em outubro.
Os candidatos que disputam a presidência são o atual presidente Mauricio Macri, da coalizão Juntos pela Mudança, e o ex-chefe de gabinete Alberto Fernández, da Frente de Todos, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner. No primeiro turno, Fernández obteve 48,24% dos votos, contra 40,28% de Macri.
Para vencer no segundo turno, um candidato precisa obter mais de 50% dos votos válidos ou ter uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais sobre o adversário. As pesquisas de intenção de voto apontam uma vantagem de Fernández sobre Macri, mas o atual presidente tentou reverter o cenário com uma série de manifestações populares nas últimas semanas.
Os principais temas da campanha eleitoral foram a crise econômica que afeta o país, com alta inflação, recessão e aumento da pobreza, e o papel do Estado na gestão dos recursos públicos e na promoção do desenvolvimento social. Macri defende a continuidade das reformas pró-mercado que implementou em seu mandato, enquanto Fernández propõe uma maior intervenção estatal para reativar a economia e proteger os setores mais vulneráveis.
Os resultados oficiais devem ser divulgados a partir das 21h (horário local), mas as primeiras projeções baseadas em boca de urna podem ser conhecidas antes. O vencedor assumirá a presidência no dia 10 de dezembro, para um mandato de quatro anos.