A espera de um apocalipse na faixa de Gaza

 


A situação na faixa de Gaza é cada vez mais dramática. Os ataques aéreos de Israel e os foguetes lançados pelo Hamas provocam mortes, destruição e medo entre a população civil. O conflito, que já dura mais de uma semana, não parece ter fim à vista, e as tentativas de mediação internacional não conseguem avançar.

O que leva esses dois povos a se enfrentarem com tanta violência? Quais são as raízes históricas, políticas e religiosas do conflito? Como vivem os habitantes de Gaza, cercados por um bloqueio que limita seu acesso a bens essenciais, como água, eletricidade e medicamentos? Como se sentem os israelenses, que convivem com o constante risco de serem atingidos por foguetes ou por ataques suicidas?

Neste post, vamos tentar responder a essas perguntas, buscando compreender as causas e as consequências dessa guerra que parece não ter solução. Vamos também mostrar como a comunidade internacional pode ajudar a promover o diálogo e a paz entre israelenses e palestinos, respeitando seus direitos e suas aspirações.

A faixa de Gaza é um território palestino situado no litoral do Mediterrâneo, entre Israel e o Egito. Tem cerca de 40 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura, ocupando uma área de 365 quilômetros quadrados. É habitada por cerca de 2 milhões de pessoas, sendo uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.

A faixa de Gaza foi ocupada por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, e permaneceu sob seu controle até 2005, quando o governo israelense decidiu retirar suas tropas e seus colonos do território. No entanto, Israel manteve o controle sobre as fronteiras, o espaço aéreo e as águas territoriais de Gaza, impondo um severo bloqueio econômico e militar.

Em 2006, o Hamas, um movimento islâmico que não reconhece o direito de existência de Israel, venceu as eleições legislativas palestinas e assumiu o controle da faixa de Gaza. Desde então, o Hamas tem entrado em confronto com o Fatah, o partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que governa a Cisjordânia, outro território palestino ocupado por Israel.

O Hamas também tem lançado foguetes contra Israel, provocando retaliações militares israelenses. Em 2008-2009, em 2012 e em 2014, ocorreram grandes ofensivas israelenses contra Gaza, causando milhares de mortos e feridos, além de danos à infraestrutura e ao meio ambiente. Em 2021, o conflito se intensificou novamente, após uma série de tensões em Jerusalém Oriental, onde Israel pretende construir novos assentamentos judaicos em terras palestinas.

A vida em Gaza é marcada pela pobreza, pela falta de oportunidades e pela violação dos direitos humanos. Segundo a ONU, cerca de 80% da população depende de ajuda humanitária para sobreviver. A taxa de desemprego é superior a 50%, e mais da metade das crianças sofre de desnutrição crônica. A escassez de água potável e de energia elétrica é frequente, assim como a falta de serviços básicos de saúde e educação.

A população também vive sob o medo constante dos bombardeios israelenses, que podem atingir qualquer lugar a qualquer momento. Muitas casas foram destruídas ou danificadas pelos ataques, obrigando milhares de pessoas a se abrigarem em escolas ou mesquitas. O trauma psicológico é generalizado, especialmente entre as crianças, que testemunham cenas de horror e violência diariamente.

A situação em Gaza é insustentável e requer uma solução urgente. A comunidade internacional deve pressionar Israel para que suspenda o bloqueio e permita a entrada de ajuda humanitária e de materiais para reconstruir o território. Também deve exigir que o Hamas pare de lançar foguetes contra Israel e reconheça seu direito de existir como um Estado soberano.

Além disso, é preciso retomar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, com base na solução de dois Estados, que respeite as fronteiras de 1967, o status de Jerusalém como capital compartilhada e o direito de retorno dos refugiados palestinos. Somente assim será possível garantir a segurança, a dignidade e a justiça para ambos os povos, que merecem viver em paz e harmonia.

A faixa de Gaza é um símbolo da tragédia humana causada pela guerra e pelo ódio. Mas também pode ser um símbolo da esperança e da reconciliação, se houver vontade política e compromisso com o diálogo e o respeito mútuo. Não podemos ficar indiferentes ao sofrimento dos habitantes de Gaza, nem ao dos israelenses. Temos que agir para evitar um Apocalipse na Terra Santa, e para construir um futuro de paz no Oriente Médio.

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