A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,7% no trimestre encerrado em setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (31). Esse é o menor nível desde o início da pandemia de covid-19, que afetou o mercado de trabalho em 2020. O resultado representa uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (8,1%) e de 2,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2020 (10,6%).
O número de desocupados também diminuiu, passando de 14,4 milhões para 14 milhões de pessoas. Isso significa que 443 mil pessoas deixaram a condição de desemprego entre junho e setembro. Já o número de ocupados aumentou em 1,5 milhão, chegando a 167,1 milhões de pessoas. A taxa de ocupação subiu para 48,9%, a maior desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.
Os setores que mais contribuíram para o aumento da ocupação foram os de serviços, comércio e construção. O rendimento médio real dos trabalhadores ficou estável em R$ 2.599, assim como a massa de rendimento real, que somou R$ 216 bilhões.
O IBGE destacou que a melhora nos indicadores do mercado de trabalho está relacionada à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas no país. No entanto, o instituto alertou que ainda há um contingente expressivo de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam trabalhar mais horas ou que desistiram de procurar emprego. A taxa de subutilização ficou em 24%, atingindo 27,5 milhões de pessoas.
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, avaliou que os dados mostram uma recuperação gradual do mercado de trabalho, mas ainda insuficiente para reverter as perdas causadas pela pandemia. "Ainda temos um longo caminho pela frente para voltar aos patamares pré-crise", disse.
Fonte econômica - UOL Noticias