Um trágico incidente ocorreu na última quinta-feira, quando a casa do jornalista da Al Jazeera, Yasser Abu al-Auf, foi atingida por um míssil israelense durante os ataques aéreos em Gaza. Sua esposa e seus três filhos foram mortos no bombardeio, enquanto ele ficou gravemente ferido e foi levado para o hospital. Yasser Abu al-Auf trabalhava como repórter e produtor da Al Jazeera desde 2008, cobrindo diversos temas relacionados ao conflito entre Israel e Palestina. Ele era conhecido por sua dedicação, profissionalismo e coragem em reportar as histórias dos civis que sofrem com a violência na região.
A Al Jazeera condenou o ataque que vitimou a família de seu funcionário e exigiu uma investigação independente sobre o ocorrido. A emissora também afirmou que o bombardeio violou as leis internacionais que protegem os jornalistas e os civis em zonas de guerra. O bombardeio que matou a esposa e os filhos de Yasser Abu al-Auf foi um dos mais de 200 ataques aéreos realizados por Israel em Gaza na quinta-feira, em resposta aos foguetes lançados pelo grupo Hamas. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 100 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas desde o início da escalada de violência na segunda-feira.
Wael Dahdouh é um jornalista palestino que trabalha para a rede de televisão Al Jazeera. Ele vive em Gaza há mais de 20 anos e cobre os conflitos entre Israel e o Hamas. No dia 13 de maio, ele recebeu uma ligação de um oficial israelense que lhe ordenou que evacuasse sua casa no norte da Faixa de Gaza, pois ela seria alvo de um ataque aéreo. Wael não teve tempo de levar nada consigo, apenas sua esposa e seus cinco filhos. Eles fugiram para o sul de Gaza, onde buscaram abrigo na casa de parentes.
Lá, eles enfrentaram novos perigos, pois os bombardeios israelenses não poupavam nenhuma área da região. Wael conta como foi viver esses dias de terror e angústia, sem saber se sua casa ainda existia ou se algum de seus familiares havia sido ferido ou morto. Ele também relata como foi seu trabalho como jornalista sob essas condições extremas, tentando mostrar ao mundo a realidade do povo palestino que sofre com a violência e a falta de direitos humanos.
Wael Dahdouh é um jornalista palestino que trabalha para a rede Al Jazeera. Ele vive em Gaza, uma das áreas mais afetadas pelo conflito entre Israel e Palestina. No dia 15 de maio de 2021, ele perdeu quatro membros da sua família em um ataque aéreo israelense. Em um post emocionante em seu blog, ele contou como foi testemunhar a tragédia e como se sente diante da violência que assola o seu povo.
Ele escreveu: "Eu estava em casa, preparando-me para ir ao trabalho, quando ouvi uma explosão muito forte. Corri para a janela e vi uma nuvem de fumaça e poeira no céu. Logo soube que o alvo era o prédio onde moravam os meus primos. Peguei o meu carro e fui até lá, rezando para que eles estivessem bem. Mas quando cheguei, vi o cenário de horror. O prédio estava destruído, havia corpos e escombros por toda parte. Entre os mortos, estavam os meus primos Ahmad, Yahya, Rawan e Rula, todos jovens e cheios de sonhos. Eles eram como irmãos para mim, crescemos juntos, brincamos juntos, estudamos juntos. Eles não mereciam morrer assim, ninguém merece."
Wael Dahdouh disse que sentiu uma dor indescritível ao ver os seus familiares mortos. Ele afirmou que não consegue entender como alguém pode matar inocentes sem piedade. Ele criticou a ocupação israelense e a falta de ação da comunidade internacional para resolver o conflito. Ele pediu justiça e paz para o seu povo.
"Eu sou um jornalista, mas antes de tudo eu sou um ser humano. Eu tenho sentimentos, eu tenho família, eu tenho esperança. Eu não quero vingança, eu quero justiça. Eu não quero ódio, eu quero amor. Eu não quero guerra, eu quero paz. Mas como posso ter paz se o meu país está sob ocupação? Como posso ter paz se o meu povo está sendo massacrado? Como posso ter paz se os meus direitos estão sendo violados? Como posso ter paz se o mundo está indiferente ao nosso sofrimento?"
Wael Dahdouh concluiu o seu post dizendo que vai continuar a exercer o seu trabalho com profissionalismo e coragem, mas que nunca vai esquecer os seus primos e os milhares de palestinos que perderam as suas vidas na luta pela liberdade. Ele agradeceu as mensagens de apoio que recebeu de colegas e amigos e disse que espera que um dia possa viver em um lugar onde não haja mais sangue e lágrimas.
A comunidade internacional tem expressado preocupação com a situação humanitária em Gaza e tem pedido o fim dos confrontos. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu na quarta-feira para discutir o assunto, mas não chegou a um consenso sobre uma declaração conjunta. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo imediato e disse que os líderes de ambos os lados têm a responsabilidade de evitar uma guerra total.