Recentemente, a Rússia enfrentou um motim em uma de suas prisões mais famosas, a SIZO-1 em Moscou. Os detentos protestaram contra as condições insalubres e a falta de medidas de precaução em meio à pandemia de COVID-19. As autoridades russas fizeram uso da força para controlar a situação, resultando na morte de três detentos.
Em meio ao caos, o grupo de mercenários conhecido como Vagner – supostamente ligado ao governo russo – fez um anúncio surpreendente. O líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, assinou um acordo com o presidente russo, Vladimir Putin, para ajudar a lidar com a crise na prisão.
Embora seja pouco conhecido fora da Rússia, o Vagner é considerado um dos grupos de mercenários mais poderosos do mundo, com mais de 5.000 membros. Eles já haviam sido responsáveis por operações militares em países como Síria, Ucrânia, Sudão e República Centro-Africana.
O acordo entre o grupo e o governo significa que o Vagner vai ajudar a garantir a segurança nas prisões russas e fornecer assistência humanitária aos detentos. Além disso, eles devem ajudar a promover a agenda russa em outras partes do mundo por meio de operações militares.
Alguns especialistas em segurança veem esse acordo como uma tentativa de Putin de consolidar seu poder e expandir sua influência no cenário internacional. Outros observadores, no entanto, acreditam que a parceria do governo com um grupo de mercenários levanta questões sobre a legalidade e a moralidade dessa ação.
Independentemente disso, a solução para a crise nas prisões russas continua sendo incerta, e os meses seguintes serão cruciais para avaliar a eficácia do acordo entre o Vagner e o governo.
Fonte: BBC News Brasil