Frio mata gados nas fazendas do Mato Grosso do Sul

 

Recentemente, mais de 1.000 cabeças de gado morreram de frio no Mato Grosso do Sul. Segundo especialistas,  a morte do animal foi causada por hipotermia severa, e a vaca pantaneira provavelmente estava mais propensa a pegar um resfriado. Daniel Ingold, diretor do Departamento Estadual de Saneamento Animal e Vegetal (Jagro), explica que o gado se adapta mais facilmente ao clima quente, e uma queda brusca de temperatura deixa o animal mais vulnerável. Ingold disse que o número de animais mortos no Mato Grosso do Sul pode ser maior.

"O que está acontecendo agora é o contrário. Animais com corpos quentes estão  expostos a temperaturas muito baixas. Alta umidade, vento e frio dificultam a resistência dos animais", explicou Ingold. O diretor-geral do Lagro observou que a maioria das mortes ocorreu em áreas onde o pasto era escasso e não havia abrigo natural ou artificial. O agravamento da hipotermia em bovinos também pode estar relacionado ao baixo valor nutricional do animal e à falta de acesso ao pasto, explicou Ingold.   O especialista acrescentou: "A hipotermia em bovinos segue a mesma explicação que a hipotermia em humanos. Os animais são expostos a baixas temperaturas e eventualmente morrem".

Segundo o mapeamento do Iagro, o Mato Grosso do Sul tem a maior concentração de gado morto da região do Pantanal. Dos mais de 1.000 animais mortos, mais de 600 morreram no bioma.   Ingold explicou que no Pantanal a exposição dos animais ao frio é maior porque o bioma é de cheia, plano e com pouco abrigo natural. "O Pantanal é uma planície e os animais têm pouca proteção contra o  frio. Faz muito frio a céu aberto. Como o bioma está alagado, a umidade aumenta e o vento fica cada vez mais frio. Ele morreu no final", acrescentou.  O mapeamento foi realizado para melhorar a radiografia da mortalidade animal no Mato Grosso do Sul. Ingold disse que a equipe de Iagro foi ao olho onde a morte estava mais concentrada e confirmou a morte por hipotermia.

Fonte G1 

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