Além da investigação da milícia digital que visa a operação de apreensão domiciliar, o ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de diversas outras investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). por exemplo. No mês passado, Bolsonaro já havia tido que prestar depoimento à Polícia Federal (PF) nessas duas investigações.
Na semana passada, Bolsonaro prestou depoimento no inquérito do STF da PF sobre supostos instigadores e organizadores do golpe de 8 de janeiro. O ex-presidente passou a ser investigado dois dias após o incidente, após compartilhar um vídeo contendo alegações infundadas sobre o STF e o TSE. Em nota, Bolsonaro disse que a publicação foi criada por acaso.
Bolsonaro também depôs em uma investigação da PF no início de abril sobre se o ex-presidente mantinha um colar e outros conjuntos de diamantes no valor de R$ 16,5 milhões do governo da Arábia Saudita. O ex-auxiliar de acampamento Mauro Cid, que foi preso nesta quarta-feira, também é investigado na investigação. Em seu depoimento, o ex-presidente disse que mandou Sid identificar e explicar o que poderia ser feito com as joias para evitar confusões diplomáticas sobre presentes doados de outros países em leilão.
Desde 2016, Bolsonaro é acusado pelo STF de incitar estupro e humilhação, dizendo que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque era “muito feia”. A tramitação dessa promoção foi suspensa durante sua presidência, mas agora foi retomada. Na semana passada, o Ministério Público (GPO) defendeu o caso encaminhado à primeira instância.
A PF disse ao STF no final do ano passado que Bolsonaro havia cometido incitação criminosa, inclusive incentivando as pessoas a não usarem máscaras, e associou isso ao uso da COVID-19 para “criar um alerta ou perigo inexistente”. . - 19 vacinas com o desenvolvimento do vírus da AIDS. Em fevereiro, a PGR pediu o arquivamento do processo. O relator do caso Alexandre de Moret ainda não tomou uma decisão.
Em fevereiro, a PF anunciou que Bolsonaro havia cometido o crime de quebra de sigilo funcional ao expor uma investigação sigilosa sobre um ataque hacker ao TSE. A PGR já havia pedido o arquivamento do caso, mas Moraes, que também é delator na investigação, negou o pedido.
Ao se demitir da Justiça em 2020, Bolsonaro está sob investigação do STF por interferência na PF, que foi criticada pelo ex-ministro Sergio Moro (hoje senador). A PGR também solicitou arquivo mas ainda sem resultado.
Fonte Exame