A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão do ex-juiz Sergio Moro, acusando-o de abuso de autoridade e violação do sigilo telefônico na época em que conduzia a operação Lava Jato. O pedido foi baseado em mensagens vazadas que supostamente mostram conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol sobre o andamento das investigações.
No entanto, uma nova reviravolta no caso surgiu quando o empresário Eike Batista afirmou em uma delação premiada que teria pago R$ 5 milhões em propina ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em troca de decisões favoráveis em processos que corriam na corte.
A acusação contra Gilmar Mendes levou a PGR a solicitar que o ministro fosse afastado do caso de Moro, uma vez que Mendes havia concedido um habeas corpus que beneficiou o empresário, antes mesmo da delação premiada ser divulgada.
Mendes negou as acusações de recebimento de propina e disse que iria processar Eike Batista. O caso continua em andamento e ainda não há uma conclusão definitiva sobre as acusações contra Moro ou Mendes. O pedido de prisão de Moro pela PGR gerou uma grande controvérsia no país, dividindo opiniões entre aqueles que acreditam que o ex-juiz agiu de forma irregular na Lava Jato e aqueles que o defendem como um herói nacional.
Além disso, as acusações contra Gilmar Mendes também geraram polêmica, já que o ministro tem sido alvo frequente de críticas por sua atuação no STF, especialmente em casos envolvendo políticos e empresários investigados na Lava Jato.
Porém, é importante ressaltar que as acusações ainda não foram comprovadas e que tanto Moro quanto Mendes negam as irregularidades. O processo continua em andamento e será necessário aguardar as investigações para se chegar a uma conclusão sobre o caso.
Enquanto isso, o debate sobre a conduta dos envolvidos e o papel do Poder Judiciário no combate à corrupção no Brasil continua acalorado, destacando a importância de uma justiça independente e imparcial para a democracia do país.