O pesquisador brasileiro, Moraes, defende que as plataformas digitais devem ser responsáveis pelos conteúdos impulsionados por algoritmos. Segundo ele, a falta de regulamentação nessa área pode gerar prejuízos para a sociedade e para a própria plataforma que hospeda o conteúdo. Moraes ainda ressalta que a responsabilização das plataformas pode incentivar a adoção de práticas mais transparentes e éticas no uso de algoritmos.
A discussão sobre a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos impulsionados por algoritmos tem ganhado cada vez mais espaço no cenário político e acadêmico. O debate se intensificou após casos de desinformação, fake news e discurso de ódio propagados por meio desses algoritmos. A falta de transparência no funcionamento desses sistemas e na seleção dos conteúdos exibidos também tem gerado preocupações em relação à privacidade e à liberdade de expressão.
Contexto
O deputado federal Felipe Moraes (DEM-PR) sugeriu que plataformas digitais, como o Facebook e o Google, respondam por conteúdos impulsionados por algoritmos. Essa sugestão é uma resposta aos recentes casos de disseminação de notícias falsas e discursos de ódio nas redes sociais.
O que são conteúdos impulsionados por algoritmos?
Conteúdos impulsionados por algoritmos são aqueles que aparecem para o usuário de forma direcionada, baseados em seu histórico de navegação e comportamento online. Esses conteúdos são selecionados por meio de algoritmos que buscam maximizar o engajamento do usuário, ou seja, fazer com que ele passe mais tempo na plataforma e interaja mais com os conteúdos apresentados.
Como as plataformas lidam com esses conteúdos atualmente?
Atualmente, as plataformas digitais afirmam que não são responsáveis pelo conteúdo impulsionado por algoritmos, já que ele é gerado automaticamente e não passa por moderação prévia. No entanto, elas possuem políticas de uso que proíbem a disseminação de conteúdos ilegais, como notícias falsas e discursos de ódio. Quando esses conteúdos são identificados, as plataformas afirmam que os removem imediatamente.
Entretanto, críticos argumentam que as plataformas não são eficazes em identificar e remover todos os conteúdos ilegais, principalmente os que são impulsionados por algoritmos. Além disso, há preocupações com a falta de transparência em relação aos algoritmos utilizados pelas plataformas, o que dificulta a compreensão de como esses conteúdos são selecionados e distribuídos para os usuários.