O assassinato de um coronel da reserva da Força Aérea Brasileira ficou escondido no Rio Grande do Norte por quatro meses. Uma garota de programa mata Roberto Perdiza e assume sua identidade para que familiares e amigos não percam os policiais. O caso foi divulgado pelo Fantástico, da TV Globo. Perdiza conheceu Jerusa há três anos em uma boate. Os dois foram morar juntos em agosto passado, justamente quando ele foi visto pela última vez. A primeira pessoa a sentir falta do coronel foi o zelador, que entrou em contato com a irmã do coronel em São Paulo.
Alguns dias depois, familiares e amigos encontraram Perdiza desaparecida. Eles conseguem manter contato apenas com as mensagens e fotos do Coronel, como se ele estivesse vivo e curtindo a vida em paz. Em setembro, Jerusa recebeu vários corretores de imóveis e vendeu às pressas o apartamento de Perdiza. O imóvel de R$ 250 mil foi ofertado por R$ 190 mil para agilizar a venda. O desaparecimento e as mensagens de texto mudaram, e familiares e amigos próximos intrigados foram à polícia. Jerusa tentou atrapalhar a investigação falando com os policiais por link de vídeo e até dizendo que estava no Rio de Janeiro.
Mas três meses após o desaparecimento de Perdiza, a investigação mudou depois que um corpo sem cabeça e sem mãos foi encontrado em Macaiba, perto de Natal. Uma nova busca nas imagens de segurança do prédio onde o coronel morava permitiu à polícia desvendar o mistério. Depois de sair de casa em agosto, Perdiza foi a um bar e acabou conhecendo uma garota de programa. Eles foram para um motel e ficaram lá por duas horas.
Na volta, Jerusa ligou para um assassino disfarçado de motorista de aplicativo. Depois que a perdiz foi baleada, sua cabeça e mãos foram decepadas para dificultar a identificação da vítima. Jerusa foi presa em dezembro, acusada de roubo e condenada a 30 anos de prisão. O assassino foi preso em janeiro deste ano e também responderá pelo mesmo crime.
Fonte Terra