Foi diagnosticado na infância com autismo e atraso no progresso global, Jason Arday só iniciou a sua intervenção aos 11 anos de idade - e começou a ler e a escrever aos 18. Atualmente com 37 anos, está para se tornar o mais jovem professor negro da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Ainda que não pudesse falar, o pequeno Jason já estava a interrogar fervorosamente o mundo à sua volta. Recorda-se de se perguntar: "Porque é que algumas pessoas vivem na rua? Por que razão há guerras?".
Ele menciona alguns momentos que influenciaram a sua educação, tais como ver na televisão o lançamento de Nelson Mandela e o triunfo icónico da África do Sul no Campeonato do Mundo de Rugby de 1995. Lembra-se de estar profundamente emocionado com o sofrimento de outras pessoas e sentir-se obrigado a tomar medidas. " Recordo-me de pensar que se eu não tivesse êxito como jogador profissional de futebol ou de bilhar, queria ajudar o mundo", revelou ele.
No desenvolvimento das suas capacidades e auto-confiança, a sua mãe exerceu um papel fundamental. Ela introduziu-o a uma grande variedade de música, na esperança de que isto o ajudasse a conceituar a linguagem.
Porém, isto também suscitou um profundo interesse pela cultura popular, que marcou parte da sua pesquisa. Graças ao apoio do seu mentor, professor universitário e amigo Sandro Sandri, Arday finalmente começou a ler e a escrever nos seus finais da adolescência.
Fonte BBC News