Completa 5 anos da morte de Mariller com pergunta sem resposta

 

Os principais crimes políticos da história moderna do Brasil concluem cinco anos sem esclarecimento sobre seus princípios nesta terça-feira (14 de março). A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos no Rio de Janeiro na noite de 14 de março de 2018. As investigações, após mudanças sucessivas de comando e de expectativas frustradas, podem assumir uma nova direção com o comprometimento assumido pelo governo federal em esclarecer o assunto.

Ao completar um ano de existência, em março de 2019, o sargento aposentado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-deputado Elcio Vieira de Queiroz foram detidos, acusados da prática do crime. No mês de agosto do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a decisão do tribunal que os submeteu a julgamento pelo júri popular, sem nenhuma data ainda marcada.

Desde então, a prisão da dupla continua sendo o fato mais destacado das investigações. Na época, tanto o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como a Polícia Civil, encarregada do caso, afirmaram que a motivação para o crime seria explicitada na segunda fase da investigação. Há quatro anos, uma pergunta que continua sem resposta: quem mandou matar a Marielle?

No primeiro ano de investigação, o delegado que seguiu o caso, Giniton Lages, foi afastado logo após a detenção de Lessa e Queiroz. Apenas em 2021, dois delegados se encarregaram do caso. No mês de julho do mesmo ano, os promotores Simone Sibilio e Letícia Emile, na época responsável pela força-tarefa que investigava o caso na PM, também abandonaram seus postos, por insatisfação com a "interferência externa".

Competentes da linha de investigação que conduziu à prisão dos suspeitos, os dois promotores tinham a responsabilidade dos membros da família de Marielle. Não obstante sua decepção com a mudança de comando, a família tem conservado uma posição contrária à federalização do caso ao longo dos últimos anos. Essa proximidade dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro com os acusados do crime alimentava o medo de que a serenidade do trabalho de inquérito fosse contagiada na área federal.

O miliciano Adriano da Nóbrega, comandante do Escritório do Crime, uma entidade suspeita de participação no assassinato de Marielle, foi morto em fevereiro de 2020, em uma operação policial na Bahia. O ex-capitão do BOPE foi auxiliar no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), quando era deputado estadual na Assembléia Legislativa do Rio. Logo após o homicídio, a irmã de Adriano, Daniela da Nóbrega, disse que se tratou de "arquivo queimado".

Fonte DWNews

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