A Rússia é um dos países com arsenal nuclear mais poderoso do mundo, e entre suas armas nucleares mais avançadas está o míssil RS-28 Sarmat, conhecido como "Satan 2".
O Satan 2 é um míssil balístico intercontinental que pode transportar até 15 ogivas nucleares, tornando-o capaz de causar destruição em uma área do tamanho do estado do Texas, nos Estados Unidos.
De acordo com informações do governo russo, o Satan 2 tem um alcance de até 18.000 quilômetros e é capaz de atingir alvos em qualquer lugar do mundo. Além disso, ele é projetado para ser capaz de superar sistemas de defesa antimíssil.
O míssil começou a ser desenvolvido em 2009 e deverá substituir o míssil R-36M Voevoda, que foi retirado de serviço em 2019 após décadas de serviço na Força de Mísseis Estratégicos russa.
O Satan 2 é considerado um dos principais elementos do programa de modernização das forças nucleares russas, que visa manter a dissuasão nuclear do país diante de possíveis ameaças externas.
No entanto, o desenvolvimento de armas nucleares de alta potência, como o Satan 2, tem sido criticado por organizações que buscam a eliminação total das armas nucleares em todo o mundo. Os críticos argumentam que armas tão poderosas aumentam a ameaça de uma guerra nuclear catastrófica, e que a única maneira de garantir a segurança global é por meio da eliminação completa das armas nucleares.
A Rússia é um dos cinco países reconhecidos pelo Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) que possuem armas nucleares, juntamente com os Estados Unidos, China, França e Reino Unido.
Embora a Rússia tenha se comprometido a reduzir seu arsenal nuclear no âmbito do TNP, o país continua a desenvolver novas armas nucleares avançadas, como o Satan 2.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse em um discurso em 2018 que o desenvolvimento de armas nucleares avançadas é uma resposta ao aumento das ameaças à segurança da Rússia, incluindo a expansão da OTAN e a defesa antimíssil dos Estados Unidos.
No entanto, a posse de armas nucleares de alta potência pela Rússia e outros países aumenta a preocupação com a possibilidade de uma guerra nuclear acidental ou intencional, o que poderia ter consequências catastróficas para a humanidade e o planeta.
Os críticos do programa nuclear russo e de outros países argumentam que a única maneira de evitar uma catástrofe nuclear é por meio da eliminação completa das armas nucleares em todo o mundo, e que os esforços para reduzir ou modernizar esses arsenais são insuficientes diante do risco existente.