Lula pressiona o Banco Central por não saber administrar a economia

 


O máximo no governo é que não há uma política fiscal que opere se a política de taxas de juro do país não estiver de harmonia com a política económica. Razão pela qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está a fazer pressão contra o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para baixar a taxa de juro básica.

O argumento utilizado para explicar o risco de desajuste é que a taxa de juro básica definida pelo Banco Central tem uma influência imediata sobre o crescimento das despesas do Tesouro. Se a taxa Selic se mantiver acima de 10% ao longo de 2023, a previsão é de que o Tesouro pagará mais de R$ 50 mil milhões este ano apenas em juros pelo serviço da sua dívida pública.

Lula ameaçou mesmo despedir o presidente do Banco Central como instrumento de pressão, uma vez que Campos Neto não respeitou as metas anuais de inflação. E o simples aumento das taxas de juro estratosférica não resolveu o problema. Apesar da sua autonomia, a lei determina que a autoridade monetária pode ser demitida por incompetência em caso de incapacidade contínua de cumprir o seu objetivo.

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