O presidente da Colômbia trás uma revelação da extrema direita

 Na terça-feira (24/01), em Brasília, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou que os atos antidemocráticos que foram registrados em Brasília em 8 de janeiro não são um problema restrito apenas ao Brasil, mas um fenômeno que acontece em nível global. A responsabilidade pelos atos registrados no Brasil foi imputada a grupos de extrema-direita.

 No entanto, o grande problema é que não se trata apenas do Brasil. Há um problema internacional de extrema direita, em nível mundial e americano, que rompeu o acordo democrático", declarou Petro à BBC News Brasil depois de uma entrevista coletiva durante a VII Reunião de Chefes de Estado da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC), ocorrida na terça-feira (1/24) em Buenos Aires.

Petro se reportou à invasão da sede dos Três Poderes por militantes bolonaristas em manifestação contra a vitória eleitoral do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao entrar vândalos no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) e ter destruído móveis, equipamentos e obras de arte destruídas. Petro declarou que os grupos que agiram no Brasil são inspirados por líderes fascistas como Adolf Hitler e Benito Mussolini e que agem desconsiderando os resultados eleitorais e agindo de forma direta.

Entretanto, o presidente colombiano demonstrou apreensão quanto à eventualidade de que atos como os que ocorreram no Brasil possam acontecer em outros países. "Eles podem ocorrer em qualquer lugar. Trata-se de uma linha de comportamento que tem sido transmitida por ideólogos internacionais. Ideólogos entre aspas porque, na verdade, eles são criminais que têm um estilo de comportamento neste estilo para vários países da América Latina", disse ele.

Petro não foi o último presidente envolvido no CELAC que não aprovou os atos ocorridos no Brasil. Em seu discurso no evento, o Presidente Alberto Fernández considerou o evento como "loucura".

" Assistimos, dias atrás, quando a insanidade invadiu as ruas de Brasília, logo depois da posse do presidente Lula", disse Fernández.

Lula se encontra em Buenos Aires desde domingo (22/01) em sua primeira viagem internacional desde que ele assumiu a Presidência da República em seu terceiro mandato, no início do ano. Lula, além de ter participado do CELAC, teve reuniões bilaterais com os presidentes Alberto Fernández e Miguel Díaz-Canel, de Cuba.

Depois da reunião do presidente com o líder cubano, o ex-ministro das Relações Exteriores e atual orientador especial de Lula, Celso Amorim, declarou aos jornalistas que a questão dos direitos humanos na ilha não foi tratada durante toda a reunião.

"Diretamente, não. Não é papel do Brasil censurar", afirmou ele, quando perguntado pela BBC News Brasil. Nesta quarta-feira (25/1), Lula voará para Montevidéu para uma reunião com o presidente do país, Luis Alberto Lacalle Pou, e com o ex-presidente José Mujica.

BBC News 


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