A culpa do golpismo no Brasil são de pastores e do projeto de Dallagnol

É necessário assumir a liderança do discurso de forma proponente, em vez de aguardar que o ovo da serpente nasça novamente nos templos evangélicos e católicos. Conforme ficou provado pelos ataques terroristas golpistas em Brasília, a destituição do governo Jair Bolsonaro e de seus pastores remanescentes no executivo federal, com Damares Alves à frente, não nos restituirá a democracia e a variedade em condições de segurança.

Muitas igrejas evangélicas e católicas e comunidades virtuais estão dispostas a praticá-la, aguardando o momento em que ele reaparecerá e poderá reivindicar novamente o lugar de preferência e supremacia de um grupo que se vê como a "maioria" e crê que, como tal, suas convicções políticas, sua noção de moralidade e sua religiosidade devem ser aplicadas.

O extremo direito cristão brasileiro tem criado laços internacionais que o Ministério das Relações Exteriores, assim como o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, terão que analisar atentamente a fim de tirar o Brasil da agenda extremista incentivado pela aplicação da moral criada pelos extremistas.

O brasil ficou dividido pelo conselho de lideres evangélicos de extrema direita programando o golpe no Brasil 

Nunca devemos esquecer que o "ovo da serpente", ou melhor, o processo de destituição de Dilma Rousseff e a ascensão de Jair Bolsonaro e sua extrema direita, tiveram uma importante participação de líderes evangélicos ultraconservadores e de suas igrejas.

No mês de julho de 2015, na Tijuca, Rio de Janeiro, a capela do Seminário Batista do Sul foi lotada com pastores batistas e dirigentes evangélicos para ouvir o que o então Procurador Geral Deltan Dallagnol havia a dizer sobre o decreto "10 Medidas contra a Corrupção".

Iniciou-se um crescimento e um endosso influente do papel das igrejas e dos evangélicos no papel de corrupção do governo Dilma, ligado diretamente ao fragilização da democracia brasileira e à criação de uma extrema direita cada vez mais segura. O projeto de Dallagnol obteve a maior parte de suas assinaturas nos templos e a partir deles.

Foi uma estratégia poderosa a caminhada do procurador - ele mesmo um batista evangélico - a diversas igrejas do país, publicitando a operação Lava Jato e o pacote de 10 medidas. Depois de suas conferências ou de sua participação em cultos, coube às igrejas conservar vivo o sentido de "indignação" contra a corrupção na qual o Partido dos Trabalhadores, segundo Dallagnol, havia afundado o país. E, evidentemente, esta cumplicidade com a corrupção também tinha um sentido moral, motivo pelo qual um projeto do governo de esquerda no país precisava ser suspenso. Seja por eleição ou por impeachment.

Fonte de pesquisa  - theintercept

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