O jogador do Paris Saint-Germain, que deixou o Barcelona em 2017 em uma contratação milionária do clube francês, chegou ao tribunal ao lado de seus pais, também réus no caso. Promotores espanhóis estão pedindo uma sentença de dois anos de prisão para o brasileiro.
Faltando menos de um mês para a Copa do Mundo no Catar, Neymar enfrenta um processo judicial na Espanha a partir desta segunda-feira (17): o veredicto final em um caso que investiga irregularidades em sua polêmica contratação do Barcelona há quase uma década. O jogador do Paris Saint-Germain, que deixou o clube espanhol em uma contratação milionária do time francês em 2017, foi a tribunal em Barcelona nesta manhã ao lado de seus pais, também acusados no caso. Ele passou duas horas na audiência e foi dispensado pelo juiz, mas terá que voltar para prestar depoimento, o que deve acontecer na sexta-feira (21).
A ampla saga jurídica desencadeada pela mudança de Neymar do Santos para o Barcelona em 2013 tem um novo capítulo em um tribunal da cidade espanhola, com um veredicto há sete anos em uma ação movida pelo grupo DIS, que detinha parte dos direitos econômicos do esportista quando era um atacante promissor do clube paulista.
Os advogados de Neymar dizem que o jogador não cometeu crime e questionam se a Espanha tem jurisdição legal sobre o caso. (Leia mais sobre o que a defesa de Neymar está argumentando no final da reportagem.) Ao lado do jogador do PSG, seus pais, o ex-presidente do FC Barcelona Sandro Rosell - para quem o MP pede cinco anos de prisão por corrupção e fraude - e Josep Maria Bartomeu, além do ex-presidente Santos Odílio, estão sendo processados. Rodrigues Filho.
Os outros réus são três pessoas jurídicas: FC Barcelona, Santos FC e uma empresa fundada pelos pais de Neymar para administrar sua carreira. Todos foram convocados para a primeira de sete audiências judiciais, que devem durar até 31 de outubro. De acordo com o cronograma original, o depoimento do jogador deve ocorrer nos dias 21 ou 28 de outubro. No entanto, não está claro no documento se ele testemunhará pessoalmente.
Para o DIS - fundo de investimento esportivo que pertencia ao grupo supermercadista brasileiro Sonda - Barça, Neymar e depois Santos conspiraram para esconder o real valor da operação por meio de outros contratos que ficaram de fora.
A empresa, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do jogador em 2009, recebeu 6,8 milhões de euros dos 17,1 milhões pagos oficialmente ao clube brasileiro. Considerando-se duplamente lesado, tanto por não receber sua parcela da efetiva transferência quanto pelo acordo de exclusividade firmado por Neymar e Barça - que impedia outros clubes de contestar a assinatura do atacante - o fundo DIS busca a devolução dos 35 que perderam os milhões de euros que você calcula.
Como acusação particular, o grupo pede cinco anos de prisão para os jogadores Rosell e Bartomeu, além de multas milionárias. No entanto, os advogados de Neymar argumentam que o cliente não cometeu nenhum crime, pois os 40 milhões de euros foram um "bônus para um recrutamento legal e costumeiro no mercado de futebol", e questionam se a Espanha tem jurisdição legal sobre o caso.
Fonte G1