O ex-presidente Lula (PT) participa nesta quinta-feira (29) do debate dos candidatos à presidência na TV Globo com um objetivo: conquistar o eleitor indeciso para vencer a eleição no primeiro turno. Lula evitará o comportamento frouxo do debate partidário e aceitará, em relação a Jair Bolsonaro (PL) - e não aos demais candidatos -, que é o princípio: se bater, baterá. Do ponto de vista dos membros da campanha, como o debate da Band foi o primeiro em que o PT participou, a voltar ao campo eleitoral após sua prisão, Lula não deve demonstrar raiva ou ressentimento.
Mas o resultado foi que ele obteve uma pontuação baixa, dando a impressão de que foi encurralado ao enfrentar Bolsonaro por acusações de corrupção. Eles também disseram que ele estava cansado porque havia participado de eventos naquele dia. Desde quarta-feira (28), o show de Lula foi fechado apenas para o debate para que não volte a acontecer. A ideia é evitar essa situação ativa com seu principal oponente. Com outros candidatos, o plano é evitar confrontos fortes, principalmente com candidatas mulheres. Membros da campanha disseram que ele não se saiu bem quando enfrentou Soraya Thronicke.
Lula já está no Rio. Na quarta-feira (28) ele participou de uma reunião em São Paulo onde tomou conhecimento das regras do debate. Ele está acompanhado de sua esposa, Janja, Aloizio Mercadante e Franklin Martins.
Na campanha de Jair Bolsonaro, os integrantes do núcleo de comunicação procuram um presidente agressivo com Lula. A ideia é que ele esteja checando questões de corrupção e direitos humanos para tentar evitar que votos indecisos passem para o ex-presidente. Esses votos, acredita a equipe, virão de pessoas que são muito caras para discutir essas questões, portanto, não poderão votar em Lula. Bolsonaro buscará o máximo de conflito possível, atribuindo ao adversário o rótulo de "ex-criminoso", que costuma usar nas redes e em discursos públicos. O presidente está em Brasília e vai hoje ao Rio. Você terá uma reunião com sua equipe e terá que viver antes do debate.
Fonte da pesquisa G1 Globo