Foi o lançamento de uma das medidas mais inovadoras programadas pela equipe de Lula para o começo formal da sua campanha para a presidência, a partir do dia 16. A intenção é juntar centenas de milhares de pessoas normais, sem filiação partidária, sem participação em movimentos sociais e sem história de participação política, mas que estão prontas a permitir parte de seu tempo para auxiliar na eleição de Lula.
Chamada #TimeLula, a iniciativa é inspirada por iniciativas parecidas em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos. Anteriormente à chegada ao modelo final, a equipe do ex-presidente dialogou com os encarregados das campanhas de mobilização digital de Gabriel Boric, no Chile, e Gustavo Petro, na Colômbia, bem como com militantes no Equador e no México.
Mas não só isso. Um dos consultados é o americano Ben Brandzel, que se autodefine como escritor, treinador e defensor internacional na realização de militância digital no campo do progressismo. Durante 20 anos de trabalho na área, Brandzel contribuiu no início da MoveOn nos EUA, auxiliou na fundação da Avaaz.org - vinculada à Open Society Foundation do bilionário húngaro George Soros - e da Online Progressive Engagement Network, ou OPEN, uma entidade que reúne grupos de ativistas digitais em 19 países dos cinco continentes. Atualmente, a OPEN tem filiais na Hungria, Nova Zelândia, Polônia, Romênia, Canadá, Israel e França, entre outros, juntando mais de 20 milhões de doadores.
A única organização associada à OPEN no Brasil é Nossa, um grupo não partidário com sede no Rio que se dedica ao ativismo digital em várias áreas, como a proteção da Amazônia e a arrecadação de roupas quentes. Recentemente. No mês passado Essas publicaram uma foto da equipe ao lado de Brandzel.
Ele vem se reunindo com membros da coordenação das campanhas de Lula a partir de fevereiro, e nos recentes meses vem reproduzindo posts no Twitter sobre a proteção da Amazônia e da democracia no Brasil de famosos como os atores Mark Ruffalo e Leonardo DiCaprio.
Fonte: The Intercept