De acordo com a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo de quinta-feira, o novo diretor geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, mudou a liderança no setor encarregado de várias investigações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nunes, que estava no cargo há apenas duas semanas, afastou Luiz Flavio Zampronha como diretor da Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção. Caio Pellim, o então superintendente regional da Polícia Federal no Ceará, assumiria seu cargo.
A diretoria é responsável pela investigação de casos de corrupção envolvendo o presidente, sua família e outros políticos. Uma das investigações é sobre as alegações feitas pelo então Ministro da Justiça Sergio Moro a respeito da suposta ingerência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal para "protegê-lo" e sua família, inclusive como seus filhos.
Agora que ele foi exonerado, Zampronha está encarregado das atividades da PF ligadas ao mensalo, bem como da Operação Spoofing, que está encarregada de investigar os hackers que invadiram os telefones celulares dos funcionários.
Os deputados do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (os filhos do presidente), e o próprio Bolsonaro, estão sendo investigados.
Na hierarquia da PF, é também o setor com mais ramificações. A Diretoria de Investigação e Combate à Corrupção está afiliada à Coordenação de Inquérito nos Tribunais Superiores (Cinq). Nos inquéritos perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça, o Cinq examina os políticos (STJ).
A seção de Pellim será encarregada de conduzir investigações sobre notícias falsas e o financiamento de atividades antidemocráticas. Está também encarregada de investigar os legisladores que são acusados de desvio de fundos públicos.
Pellim é o superintendente regional do Ceará desde julho do ano passado. Em Rondônia e no Rio Grande do Norte, ele também dirigiu as delegacias da Polícia Federal.
Ricardo de Moura Pereira
Fonte de pesquisa de notícias redação Terra