Agenda de guerra híbrida dos Estados Unidos para as nações
1 - A primeira guerra Híbrida era para derrubar a esquerda brasileira no agendado no ano de 2013, e a outra nação, era a Rússia contra a Ucrânia agendado em 2014. Tudo programado pelos Estados Unidos para derrubar o governo Russo.
A queda de Dilma no Brasil, simplesmente pelo fato de o Brasil que foi contra os interesses dos Estados Unidos em sua geopolítica.
A segunda nação programado pelos Estados Unidos desde 2014 Rússia contra Ucrânia os fatos já estão acontecendo em 2022.
Segundo Andrew Korybko, um analista político americano, as atividades dos Estados Unidos, incluindo os chamados "conflitos híbridos" e a expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Europa de Leste, incendiaram o conflito Rússia-Ucrânia.
Numa entrevista ao UOL, transmitida em direto de Moscovo, ele liga o que vê como uma ingerência indireta dos EUA na Ucrânia aos tumultos ocorridos no Brasil desde 2013 contra o (PT), que terminaram com o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
"Os conflitos híbridos conduzidos pelos EUA com o intuito de reforçar a sua hegemonia unipolar têm afligido o Brasil e a Ucrânia", argumenta Korybko.
A guerra híbrida, segundo o analista, é uma combinação de "revoluções coloridas" - incitamento popular, semelhante ao que aconteceu no Brasil em 2013 e na Primavera Árabe - e guerras não convencionais, tais como ciberataques, concursos judiciais e retaliações económicas, para substituir governos que não estão alinhados com os interesses dos EUA.
"A guerra [híbrida] concentrou-se principalmente na chamada 'lei,' ou no uso de instrumentos legais na tentativa de derrubar o governo multipolar democraticamente eleito e legal do Brasil", argumenta Korybko, sem mencionar a Operação Lava Jato.
Segundo o perito, a abordagem na Ucrânia foi construída em torno do "terrorismo urbano de extrema-direita", também conhecido como a Revolução das Cores EuroMaidan.
Korybko, o autor de "Guerras Híbridas: de Revoluções a Golpes", afirma que as manobras dos EUA na Ucrânia levaram "estas forças de extrema-direita ao poder, que ameaçaram a minoria indígena russa [povos nativos que habitam a região de Donbass] devido à ideologia fascista das novas autoridades, que glorificam aqueles que colaboraram com a Alemanha nazi".
"Em resultado disto, os cidadãos da Crimeia reuniram-se democraticamente com a Rússia, e as repúblicas Donbass declararam a sua independência", escreve, acrescentando que manifestou o seu apoio ao Presidente russo Vladimir Putin nas redes sociais.
Korybko, um escritor baseado em Moscovo que contribui para uma série de publicações estrangeiras tais como o russo Sputnik, o chinês CGTN, e o italiano L'Antidiplomatico, acredita que os meios de comunicação social são as novas armas de ataque cirúrgico.
Os Estados Unidos têm utilizado tácticas semelhantes para desestabilizar regimes em todo o mundo. A guerra indireta é definida por manifestantes e insurgentes, e as quinta colunas são formadas menos de espiões e sabotadores ocultos e mais de protagonistas destacados do Estado que se comportam abertamente como cidadãos", de acordo com o padrão adoptado na Síria e na Ucrânia.
Em vez de um confronto imediato, os EUA, segundo o perito, criam um "conflito por procuração" na região dos alvos, a fim de os desestabilizar. "As ocupações militares tradicionais dão lugar a golpes e operações indiretas para transições de regime, que são muito mais rentáveis e politicamente insensíveis", afirma ele.
Korybko lembra que semelhante aconteceu na Ucrânia em 2014, e foi apelidada de Revolução Ucraniana ou Revolução da Dignidade no Ocidente. A instabilidade na Ucrânia levou à eleição de Volodymyr Zelensky, tal como os Dias de Junho de 2013 fizeram com Jair Bolsonaro. O Presidente russo Vladimir Putin lançou ontem uma "operação militar especial" na Ucrânia, com o objectivo de "desnazificar" e "desmilitarizar" a nação vizinha, de acordo com Putin.
Nos últimos meses, Putin aludiu repetidamente aos supostos perigos russos colocados pela construção da OTAN (a aliança militar liderada pelos EUA) na Ucrânia. "Estas medidas visam fundamentalmente eliminar as capacidades de represálias nucleares russas e assim manter a Rússia numa posição constante de chantagem nuclear contra os Estados Unidos", explica Korybko.
A catástrofe humanitária nas repúblicas de Donbass, que reconheceu como autónoma no início desta semana, foi também utilizada pelo Presidente russo Vladimir Putin como justificação para ordenar a ação.
"As pessoas na Rússia estão aliviadas por Putin não só ter tomado medidas decisivas para evitar uma catástrofe humanitária ainda pior, que já resultou num êxodo em grande escala de refugiados para a Rússia, mas também por estar a enfrentar a ameaça existencial que os EUA e a OTAN planeiam na Ucrânia representam para a Rússia".
A saída dos EUA dos tratados de controlo de armamento, tais como o Tratado sobre Mísseis Antibalísticos, o Tratado sobre Forças Nucleares Intermédias, e o Tratado sobre Céus Abertos, segundo Korybko, contribuiu para a desestabilização da arquitetura de segurança europeia.
"Além disso, ao longo desse período, a instalação dos chamados sistemas antimísseis e de armas de ataque mais próximas das fronteiras da Rússia alterou o status quo militar continental acordado por Moscovo e pelo Ocidente na Lei da Fundação OTAN-Rússia de 1997".
Segundo o analista político, foi por estas razões que a Rússia apresentou pedidos de segurança em finais de Dezembro, solicitando a suspensão da expansão da OTAN para leste, a retirada das armas de assalto das fronteiras da Rússia, e o regresso ao decreto de fundação da aliança militar.
Publicado por Ricardo de Moura Pereira
Fonte de pesquisa em política internacional UOl