Segundo as autoridades locais, o premiado jornalista americano Brent Renaud foi assassinado hoje em Irpin, no distrito de Kiev, na capital da Ucrânia. A morte foi anunciada pelo comandante da polícia de Kiev, Andriy Nebytov, que divulgou uma foto de Renaud e seu distintivo como repórter do New York Times. A publicação expressou remorso, mas observou que o emblema estava ultrapassado e que Renaud não estava trabalhando para o jornal de cobertura da guerra.
Brent, 50 anos, era um repórter experiente que tinha coberto vários conflitos militares. Ele e seu irmão, Craig, colaboraram em vários projetos premiados e eram conhecidos como os "Irmãos Renaud". Eles cobriram os conflitos no Iraque e no Afeganistão, o terremoto no Haiti, a primavera árabe no Egito e a violência do cartel de drogas no México.
De acordo com as reportagens iniciais, outro jornalista foi ferido hoje na Ucrânia e foi levado apressadamente a um hospital de Kiev. O fotógrafo Juan Arredondo é visto recebendo atendimento médico em um vídeo divulgado no Twitter. Ele afirma que estava documentando a evacuação dos evacuados com Brend no momento do ataque. Hoje marca o 18º dia da invasão russa de terras ucranianas.
Juan Arredondo, um fotojornalista americano, disse que estava com Brent Renaud quando eles foram atacados em um vídeo carregado no Twitter. Arredondo declarou que ele e Brent estavam dentro de um carro, atravessando uma ponte para filmar pessoas fugindo da cidade de Kiev, enquanto obtinham atendimento médico em um hospital. O automóvel começou a ser alvo de tiroteio quando viajavam por um posto de controle militar. O motorista deu meia volta para voltar, mas o carro ainda estava preso no fogo cruzado.
Ele apontou para o lado direito de seu próprio pescoço e acrescentou: "Eu o vi (Brent) ser atingido no pescoço". Arredondo também mencionou ter testemunhado seu colega "deixado para trás" enquanto era transportado para o hospital pela EMS. "Não tenho certeza de como ele está se saindo", disse ele.
"O New York Times disse em uma declaração que Brent era um fotógrafo brilhante que tinha contribuído para a publicação nos últimos anos. Cliff Levy, o editor-chefe do jornal, postou o comentário em sua conta no Twitter.
"Apesar de suas contribuições anteriores ao New York Times, mais recentemente em 2015", afirmou a publicação, "ele não estava previsto para cobrir nenhuma redação do New York Times na Ucrânia".
A declaração acrescenta: "Relatórios anteriores informam que ele [Brent] trabalhou para o New York Times surgiram porque ele estava usando uma credencial de imprensa que lhe tinha sido concedida para cobertura há muitos anos".
Não está claro se o lado da luta foi responsável pela morte do jornalista americano. Apesar disso, as autoridades americanas e ucranianas culparam os soldados russos pelo incidente. A morte de um jornalista americano "choca e preocupa" o conselheiro de segurança do governo americano Jake Sullivan, segundo a CNN International.
Ricardo de Moura Pereira
Fonte Uol