Congo, terra do jovem Moïse Kabagambe, assassinado no Rio

 

 O segundo maior país da África e um dos menos favorecidos do planeta, a RDC enfrentou um conflito comum até 2003, porém continua a ser o local de conflitos rudes entre várias reuniões étnicas e desacordos sobre bens normais. Com mais de 5 milhões de pessoas desalojadas, a nação está no nível de crise mais notável no que diz respeito à seriedade da ajuda da ONU.

O segundo maior país da África e um dos mais infelizes do planeta, a República Democrática do Congo (RDC), onde Moïse Mugenyi Kabagambe - o jovem companheiro que caiu no chão no Rio de Janeiro - foi concebido, tem sido o local de lutas quase desde sua origem.

É fundamental reconhecer o país, cuja capital é Kinshasa e que até 1997 era conhecida como a República do Zaire, de seu vizinho, a muito mais modesta República do Congo, cuja capital é Brazzaville.

Atormentado por um conflito comum que terminou em 2003 (leia mais abaixo), a RDC tem uma das mais difíceis circunstâncias de ajuda nesta realidade atual, conforme a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Áreas da nação são vistas pela ONU como uma crise de nível 3, as mais notáveis no que diz respeito à necessidade crítica de ajuda. Neste momento, a missão da ONU na nação é instruída pelo General Marcos de Sá Affonso da Costa, brasileiro.

Só entre 2017 e 2019, um número maior de 5 milhões de indivíduos se desalojaram dentro do país, não incluindo os muitos milhares, que escaparam para países vizinhos, como Angola e Zâmbia, fundamentalmente.

A circunstância é particularmente acentuada no Kasai, onde há mais de 896.000 indivíduos desalojados. Muitos voltaram para lá após o término do conflito comum e observaram suas propriedades totalmente aniquiladas e nenhum membro da família vivo.


Só nas nações africanas, há mais de 918.000 exilados congoleses e buscadores de abrigo. Perplexamente, a República Democrática do Congo realmente recebe exilados, independentemente de sua circunstância básica. Da mesma forma, segundo o ACNUR, há a maior parte dos 1.000.000 de indivíduos vindos do Burundi, República Centro-Africana e Sul do Sudão em busca de asilo no país, só pelo fato de não terem mais para onde ir.

As disputas selvagens na RDC, que influenciam fundamentalmente cidadãos regulares, sobreviventes de hostilidades, pilhagens, agressões sexuais e assassinatos, têm seu início em competições étnicas e batalhas sobre bens normais, já que o país, apesar de sua miséria monetária, é abundante em bens minerais, com minas de jóias, cobre, cobalto, ouro e nióbio.

Como indicado pela ONU, os rebeldes hutus do vizinho Ruanda, responsáveis por um massacre de 1994 que matou 800.000 Tutsis e Hutus moderados, cruzaram a fronteira e tomaram asilo na RDC.

Em 1997, Mobutu Sese Seko, presidente a partir de 1965, foi constrangido em algum lugar distante, banido para sempre, e o pioneiro revolucionário Laurent D. Kabila dominou.

Kabila, assim, dissociou-se de seus apoiadores ruandeses, que procederam para ajudar outra desobediência, desta vez contra o próprio Kabila. Toda a área ficou engajada na disputa, o que deu início a um conflito comum.

De um lado estavam a autoridade pública da RDC, Angola, Zimbábue e Namíbia. Do outro, os rebeldes da RDC, defendidos por Uganda, Ruanda e Burundi. O confronto ficou conhecido como "Guerra Mundial da África".

Kabila foi morto em 2001 por seu protetor, e seu filho, Joseph Kabila, assumiu o controle da administração da RDC em seu lugar.

Matéria de Ricardo de Moura  Pereira 

Fonte de pesquisa ; G1


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